Giuliano Ribas é o novo técnico da seleção brasileira masculina de vôlei. Ele substitui Renan Dal Zotto, que pediu demissão do cargo após a classificação da equipe brasileira para os Jogos Olímpicos de Paris. O profissional vai comandar a equipe na disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Ricardo Tabach e Maurício Thomas serão seus auxiliares.
Juba, como é conhecido, é formado em Educação Física, tem quase 30 anos de experiência no voleibol e já trabalhou na seleção masculina em todas as funções.
— Fico muito honrado com esse convite da CBV para representar o Brasil com essa equipe nos Jogos Pan-Americanos. Estamos levando um time que mescla atletas jovens e experientes. Alguns já estiveram no grupo em outras competições desta temporada e também temos destaques das seleções de base. A seleção masculina vai dar o seu melhor para ajudar o Brasil a ter um bom desempenho nessa competição tão importante — disse o profissional que já atuou como assistente técnico, auxiliar, analista de desempenho e supervisor de seleções. Giuliano já participou de cinco ciclos olímpicos, 2004 e 2008 com duplas de vôlei de praia; 2012, 2016 e 2020 com equipes de quadra.
Essa não será a primeira experiência de Juba à frente da seleção. Em 2019, comandou o time em dois amistosos contra a Argentina, em El Calafate, com uma vitória para cada lado.
— Já fiz diferentes funções, mas a essência é a mesma: dar 100% a todo momento, que é o que a seleção brasileira pede. O importante é poder contribuir com meu conhecimento, na função que precisarem. Já fui até cozinheiro em uma viagem — relembrou.
Juba iniciou como analista de desempenho e, em 2001, passou a ser auxiliar da estatística de Roberta Giglio no Rexona/Ades (PR) comandado por Bernardinho. Em 2004, na praia, trabalhou com Gilmário Ricarte, o Cajá, e a dupla Ricardo/Emanuel, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas. Em 2010, voltou para a quadra. Na comissão técnica de Bernardinho, como auxiliar técnico, foi novamente campeão olímpico nos Jogos Rio 2016.
— Foram dois Jogos Olímpicos bastante significativos. Em 2004, por ser a minha primeira experiência olímpica e por ter a equipe que a gente teve. Em 2016, tivemos uma caminhada difícil, jogando em casa, mas isso ajudou a conseguir o objetivo. Mas, nos dois, o processo foi o mesmo. Chegar e sentir que você merece estar ali, que está bem preparado, que trabalhou e deu seu melhor ao longo dos anos de preparação. Isso faz com que você se sinta seguro, pela capacidade que adquiriu. Faz com que tenha condição de brigar sempre— disse Juba.
Além dos cinco ciclos olímpicos, ele também participou das conquistas dos títulos da seleção adulta no Campeonato Mundial de 2006, dos Jogos Pan-Americanos de 2011, da Copa dos Campeões de 2013, da Copa do Mundo de 2019 e da Liga das Nações de 2021.
Em Santiago, o Brasil está no Grupo A, ao lado de Colômbia, Cuba e México. As partidas serão disputadas de 30 de outubro a 4 de novembro, na Arena Parque O'Higgins. As três melhores seleções avançam para as disputas de medalha, sendo que o primeiro colocado passa direto para às semifinais. O Grupo B terá Argentina, Chile, Porto Rico e República Dominicana.
Na história dos Jogos Pan-Americanos, a seleção brasileira conquistou 16 medalhas (quatro ouros, sete pratas e cinco bronzes) em 17 participações. A única vez que não subiu no pódio foi em Mar del Plata em 1995, quando terminou em sexto lugar.