A tenista ucraniana Elina Svitolina, número 76 do mundo, se classificou para as semifinais de Wimbledon nesta terça-feira (11), ao derrotar a polonesa Iga Świątek, líder do ranking da WTA, por 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 6/7 (5) e 6/2, em duas horas e 39 minutos de partida.
Depois de salvar dois match points nas oitavas de final, contra a suíça Belinda Bencic, Świątek não conseguiu superar uma focada Svitolina, que vai disputar sua terceira semifinal de Grand Slam, como ocorreu em Wimbledon e no Aberto dos EUA, ambos em 2019.
Iga Świątek começou dominando, quebrando o serviço da ucraniana logo no início do duelo, graças a um voleio certeiro e a uma dupla falta de Svitolina. Mas a partir do quarto game, a polonesa começou a perder o controle do jogo, apesar de apresentar uma variedade de golpes maior que a da adversária, que se mantinha em uma postura defensiva, buscando bolas de profundidade. Com nova quebra no 12º game, a ucraniana venceu a primeira parcial.
Pouco a pouco, o jogo se transformou em uma tensa troca de quebras marcadas pelos erros de Świątek e a determinação de Svitolina. A polonesa chegou a liderar o segundo set em 3-1, depois de um voleio errado pela ucraniana, que reagiu e conseguiu empatar em 3-3. Sem novas quebras, a definição foi para o tie-break, onde jogadora da Ucrânia se impôs.
Em um dado momento da partida, a número 1 do mundo se sentou durante a pausa e anotou algo em um caderno, mas as instruções não pareceram ajudá-la. No terceiro set, Iga Świątek sofreu duas quebras e perdeu cinco games consecutivos, o que abriu caminho para Svitolina sacar para a vitória.
— Não foi fácil jogar contra Iga. Ela é a número 1 e sempre luta. Ela não só é uma grande campeã, mas também uma pessoa incrível. Foi a primeira a ajudar os ucranianos e foi uma ajuda enorme — afirmou Svitolina, que também se mostrou muito grata pelo apoio que a polonesa vem mostrando à Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro do ano passado.
— Acho que a guerra me fortaleceu mentalmente e eu não encaro situações difíceis como um desastre, sabe? Há coisas piores na vida. Também acho que, por ter voltado a jogar, tenho pressões diferentes. Claro que eu quero ganhar, tenho essa motivação de voltar ao topo, mas acho que após ter uma filha e com a guerra me tornei uma pessoa diferente— comentou a jogadora de 28 anos.
Svitolina vai enfrentar por uma vaga na final a tcheca Markéta Vondroušová (42ª), que mais cedo eliminou a americana Jessica Pegula, quarta favorita, por 2 a 1, parciais de 6/4, 2/6 e 6/4, em duas hora de confronto.
No set decisivo Vondroušová chegou a estar perdendo o terceiro set por 4-1, mas conseguiu uma virada impressionante, vencendo cinco games consecutivo, para fechar o jogo. A tcheca de 24 anos nunca tinha passado da segunda rodada de Wimbledon.
Para Pegula, de 29 anos, esta foi a sexta derrota em seis jogos de quartas de final que disputou em torneios de Grand Slam. Nesta terça-feira, ela esteve perto de vencer após um primeiro set eletrizante, que teve cinco quebras de serviço.
Depois de empatar na segunda parcial, a americana vencia o terceiro set por 3-1 quando o jogo foi interrompido para que o teto retrátil da quadra fosse fechado devido à chuva. A partir de então, Pegula esbarrou na resistência de Vondroušová, que conseguiu duas quebras e venceu cinco games seguidos para sair com a heroica vitória.
* AFP