Único brasileiro a ir para o tatame nesta segunda-feira (8), Willian Lima foi eliminado nas oitavas de final do Mundial de Judô, disputado em Doha, no Catar. O atleta da categoria até 66kg, peso meio-leve, venceu duas lutas, mas não resistiu ao francês Walid Khyar no golden score.
Foi a segunda participação do atleta de 23 anos num Mundial. No ano passado, em Tashkent, no Uzbequistão, ele também se despediu nas oitavas. Ele ainda estará na disputa por equipes com a seleção brasileira, na reta final do Mundial, que vai até o dia 14 deste mês.
— Tem alguns dias até a competição por equipes e já estou estudando os adversários que possam vir. Acho que nossa equipe tem a total condição de estar no lugar mais alto do pódio e estou focado nisso. Acabou a competição individual, mas na competição por equipe vou estar dando meu máximo e tudo de mim como sempre. Vamos buscar essa medalha — projetou o atleta, que terminou em nono lugar na sua categoria.
Nesta segunda, Willian venceu duas lutas, mas só precisou enfrentar um adversário. Isso porque levou a melhor no primeiro confronto do dia por "fusen gachi", que acontece quando o rival não atinge a pesagem adequada. Foi o que aconteceu com Ramazan Kodzharov, do Bahrein, vetado da competição.
Em seguida, o brasileiro superou Nurali Emomali, do Tajiquistão, com waza-ari e três punições. A luta seguinte foi já pelas oitavas e o atleta do Pinheiros (SP) até começou bem contra Walid Khyar, mas sofreu um waza-ari no golden score.
A medalha de ouro ficou com o Hifumi Abe. O japonês, que é o atual campeão olímpico garantiu o tetracampeonato mundial. Na decisão, ele superou o compatriota Joshiro Maruyama, dono de duas medalhas de ouro em mundiais. O pódio ainda teve o mongol Yondonperenlein Baskhüü, que repetiu o resultado de 2021, e o francês Khyar.
Na categoria feminina do meio-leve (até 52 kg), o Brasil não teve representante. A medalha de ouro foi ganha pela japonesa Uta Abe, atual campeã olímpica, que garantiu seu quarto título na história da competição ao derrotar a uzbeque Diyora Keldiyorova. O bronze foi dividido entre a francesa Amandine Buchard, vice-campeã olímpica em Tóquio, e a italiana Odette Giuffrida, prata nos Jogos Rio-2016 e bronze em Tóquio-2020.
O Mundial prossegue nesta terça-feira (9) com as disputas da categoria leve. O Brasil participará apenas no feminino (até 57 kg), com Rafaela Silva (Flamengo), atual campeã mundial, entrará para defender seu título e buscar seu terceiro ouro na competição, e Jéssica Lima (Sogipa), que vem de um bronze no Grand Slam de Antalya, e que tentará conquistar sua primeira medalha em Mundiais.
Cabeça de chave número 1, Rafaela estreará na segunda rodada, contra a vencedora do confronto entre a letã Anastasija Sokirjanska e a turca Hasret Bozkurt. Jéssica, 17ª colocada do ranking mundial começará diante da tcheca Věra Zemanová.