O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou nesta segunda-feira (29) os primeiros jogadores envolvidos na Operação Penalidade Máxima, que trouxe à tona um esquema de apostas no futebol brasileiro.
O volante Romário e o meia Gabriel Domingos, ambos ex-Vila Nova, acabaram sendo penalizados pelo tribunal esportivo. Romário foi banido do futebol por ter envolvimento no esquema de manipulação de resultados. Ele teria aceitado a proposta dos apostadores, mas acabou não participando do jogo. Já Gabriel Domingos foi punido por 720 dias pelo STJD. Ele teria emprestado a conta para receber o dinheiro dos aliciadores. A decisão cabe recurso para ser analisada no Pleno.
Romário também foi punido com multa de R$ 25 mil, enquanto Gabriel recebeu multa de R$ 15 mil. Ambos foram denunciados pela procuradoria em quatros artigos: 191, III parágrafo; 242; 243 §§1º e 2º; e 243-A do CBJD.
A punição mais grave seria justamente o banimento do futebol, como prevê o artigo 242. As penas máximas dos outros artigos são de multa de até R$ 100 mil e/ou suspensão de até 720 dias.
O volante não esteve na sede do STJD, no Rio de Janeiro, e participou da sessão por videoconferência. Já o meia esteve no local da audiência, na capital fluminense.
O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, foi uma das testemunhas. Ele foi o primeiro a denunciar as suspeitas de manipulação de resultados. Depois de ouvir que um jogador foi aliciado e estava sendo ameaçado por apostadores, reuniu o máximo de provas possíveis e apresentou ao Ministério Público de Goiás (e é por isso que a Operação Penalidade Máxima é coordenada pelo órgão).
Também participaram como testemunhas o lateral-esquerdo Willian Formiga (ex-Vila Nova e hoje no Ceará) e o volante Jean Martim (ex-Vila Nova e hoje no Avaí). O volante Sousa (do Vila Nova) e o atacante Riquelme (ex-Vila Nova e hoje no Campinense) estiveram na videoconferência, mas foram dispensados.