A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se posicionou, nesta quarta-feira (10), sobre o escândalo de apostas envolvendo atletas do futebol brasileiro. A Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, investiga suspeitas de manipulação em partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022.
"A CBF informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário. Não há qualquer possibilidade da competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a Fifa e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos", diz a nota.
A entidade também afirma que "a confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada", e ressalta que: "tão logo estejam comprovados os fatos, (esperamos) que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente".
O posicionamento da CBF vem logo após os diversos casos de jogadores envolvidos nos esquemas de apostas serem revelados. Entre os investigados, estão: Eduardo Bauermann, do Santos; Kevin Lomónaco, do Bragantino; Moraes Jr., Paulo Miranda e Gabriel Tota, do Juventude; Igor Cariús, do Cuiabá; e Victor Ramos, da Chapecoense.
Além deles, há outros nomes citados na investigação, como é o caso de Nathan, do Grêmio, quando ele atuava no Fluminense.
Até o momento, houve três mandados de prisão, 16 de preventiva e 20 de busca e apreensão. Eles foram cumpridos em 16 municípios de 20 Estados brasileiros.
Veja a nota da CBF na íntegra
"Com relação a suspeitas de envolvimento de atletas de clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, em possíveis atos de manipulação de resultados de partidas, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informa que o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação. A CBF, por sua vez, estará à disposição para dar todo o apoio necessário.
A CBF ressalta, ainda, que não há qualquer possibilidade de a competição atual ser suspensa. E vem trabalhando em conjunto com a Fifa e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação. Vale lembrar que a entidade, que igualmente é vítima destes possíveis atos criminosos, não foi, até o momento, oficialmente informada pelas autoridades sobre os fatos.
Na reunião ocorrida no último dia 7/3, na sede da entidade, com a participação de promotores e procuradores de Justiça de diferentes Estados do país e do Conselho Nacional do Ministério Público, a Confederação já havia se colocado à disposição para subsidiar situações desse tipo, sempre que acionada.
A CBF ressalta que, tão logo estejam comprovados os fatos, espera que as sanções cabíveis por parte do STJD sejam tomadas de forma exemplar. Mais uma vez, a entidade reforça que o campeonato não será suspenso, mas defende que a punição de atletas e demais participantes do esquema de fraudes aconteça de forma veemente.
"Venho trabalhando em conjunto com a Fifa, demais entidades internacionais, além de clubes e federações brasileiros, com o intuito de combater todo e qualquer tipo de crime, fraude ou ilícito dentro do futebol. Defendo a suspensão preventiva baseada em suspeitas concretas e até o banimento do esporte em casos comprovados. Quem comete crimes não deve fazer parte do futebol brasileiro e mundial ", assinalou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues."