A Maratona de Londres agendada para domingo (23) ganhou um enorme atrativo. Ausente da edição passado, Mo Farah, o mais bem-sucedido atleta da Inglaterra, anunciou que se despedirá das corridas de rua na prova, que será acompanhada por aproximadamente 750 mil pessoas ao longo dos mais de 42 quilômetros do percurso.
Aos 40 anos, o bicampeão olímpico e mundial dos 5 mil e 10 mil metros espera por "lágrimas e emoção" eu seu adeus das maratonas. "Será minha última maratona. Não será minha última corrida, mas em termos de maratona, em Londres será minha última", afirmou o fundista.
Nascido na Somália, mas naturalizado inglês, Mo Farah se destacou nas provas de 5000 m e 10000 m. Ele levou o ouro nas distâncias nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e Rio-2016, além de ganhar seis ouros e duas pratas em Mundiais, mais quatro ouros em europeus.
Em maratonas, correu em Londres por três vezes, com um terceiro lugar como melhor resultado, em 2018, ano no qual venceu em Chicago. Depois de perder a prova de 2022 por causa de uma lesão, ele espera uma despedida em grande estilo.
— Comecei a correr minimaratonas aqui em Londres, então para mim vai ser bem emocionante no domingo. Lembro quando eu tinha 14 anos, estava aqui vendo grandes atletas correrem. O apoio do público de todos que vierem para Londres, acho que vão me afetar, mas vou tentar não pensar nisso e correr. Depois da corrida, talvez haja um pouco de lágrimas e emoção — disse o atleta de 40 anos, campeão da Maratona de Chivago de 2018 e terceiro colocado em Londres, no mesmo ano.
Em julho de 2022, Farah fez grandes revelações em um documentário da BBC. O vencedor de quatro ouros olímpicos e seis no Mundial de atletismo contou ter sido alvo de tráfico infantil, vivendo em situação análoga à escravidão, e anunciou seu verdadeiro nome. Ele afirmou que seu nome original era Hussein Abdi Kahin, mas quando trazido de Djibuti para o Reino Unido ganhou o nome de Mohamed Farah, que estava inscrito em seu passaporte falso. Uma mulher completamente desconhecida foi a responsável por levá-lo de avião da África para a Europa.