O final da partida entre Inter e Caxias foi marcado por uma briga generalizada. Alguns jogadores do Inter, especialmente Mercado e Moledo, partiram para cima de um dos jogadores do Caxias.
A segurança foi acionada e houve troca de socos, pontapés e voadoras. O goleiro reserva John e o meia Alan Patrick também estavam no bolo, mas a situação piorou quando um homem com uma criança de colo entrou no gramado e agrediu um jogador do Caxias pelas costas. O atleta, quando se virou, não chegou a revidar. Ele, mesmo com a menina nos braços, seguiu tentando agredir. O homem também atingiu o repórter cinematográfico da RBS TV Gabriel Bolfoni. Depois, foi contido pelos seguranças.
Cenas pitorescas como essas têm se tornado recorrentes no Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, brigas generalizadas e confusões aconteceram nos mais diversos estádios do Estado. Arena, Beira-Rio, Passo D'Areia foram palco de brigas, arremesso de objetos no gramado e quebras de equipamentos de jogo. GZH relembra casos de confusões. Confira:
Mulher agredida do lado do filho
Em 2019, depois do término do clássico Gre-Nal 421, uma torcedora do Tricolor foi agredida nas arquibancadas do Estádio Beira-Rio. No setor destinado aos torcedores colorados, uma mulher, acompanhada por uma criança, balançava uma camiseta do Grêmio em frente à torcida gremista. A situação não agradou a um grupo de colorados presente no local, e o fato terminou em confusão.
Ao menos quatro pessoas foram para cima da mulher, sendo três homens. Uma outra mulher, identificada com roupas do Inter, era a mais exaltada. Enquanto um dos homens tomava a camiseta tricolor das mãos da gremista, a colorada empurrava e xingava a torcedora que estava acompanhada pela criança.
Pedrada antes do Gre-Nal
O ônibus com a delegação do Grêmio foi apedrejado na chegada ao Beira-Rio, na esquina da Avenida Edvaldo Pereira Paiva com a rua Nestor Ludwig antes do Gre-Nal 435. Estilhaços acertaram jogadores, entre eles o paraguaio Mathias Villasanti, que chegou a ficar desacordado. O jogador teve um traumatismo craniano, escoriações no rosto e trauma no quadril.
O Inter foi punido com uma multa de R$ 100 mil pelo arremesso de uma pedra por um torcedor ao ônibus do Grêmio. Um dos suspeitos de jogar a pedra acabou detido, mas posteriormente foi liberado.
Invasão e quebra do VAR
Ainda pelo Brasileirão de 2021, quando brigava para não ser rebaixado, o Grêmio sofreu com uma confusão dentro da Arena. Dezenas de torcedores invadiram o gramado do estádio gremista, promovendo cenas de violência na beira do túnel de acesso aos vestiários, quebrando equipamentos de transmissão e a cabine do VAR, além de agredirem profissionais de segurança do estádio.
Em outro setor do estádio, torcedores de Grêmio e Palmeiras trocaram socos, mesmo separados por uma proteção de acrílico. O clube teve que atuar com a Arquibancada Norte interditada por 10 jogos e foi penalizado com multa de R$ 100 mil pela invasão.
Briga na torcida na Série B
O jogo entre Grêmio e Cruzeiro teve de ser paralisado duas vezes por conta de uma briga entre os próprios torcedores do time gaúcho nas arquibancadas da Arena, em Porto Alegre. Os times se enfrentavam pela Série B do Brasileirão. A confusão foi protagonizada por uma duas torcidas organizadas do Tricolor. A equipe gaúcha foi punida com três jogos sem mando de campo, além de pagar uma multa de R$ 100 mil pela confusão no setor onde a Geral do Grêmio fica nos dias de jogos.
Celular atirado no Gre-Nal
Após o terceiro gol do Grêmio na goleada por 3 a 0 sobre o Inter, no Beira-Rio, o volante Lucas Silva foi atingido no rosto por um celular arremessado em direção aos jogadores gremistas que comemoravam o gol de Diego Souza. O jogador sofreu um corte na boca e precisou ser substituído. Julgado, o Colorado foi absolvido pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Confusão entre jogadores
Após o encerramento do Gre-Nal 434, em meio à luta do Grêmio contra o rebaixamento para a Série B, Patrick pegou com torcedores dois caixões com o símbolo do Tricolor e correu para o centro do gramado. A provocação chamou a atenção dos jogadores gremistas, que já estavam na boca do túnel de acesso aos vestiários, e a confusão tomou conta do Beira-Rio.
Atrás de uma das goleiras, Thiago Santos e Cortez partiram para cima do grupo de jogadores do Inter. Kaique Rocha era um dos mais exaltados na confusão, mas nenhuma agressão mais clara foi registradas nas imagens da transmissão da TV. Patrick e Cortez foram expulsos após o ocorrido e foram julgados pelo STJD.
Briga nos arredores do Passo D'Areia
Integrantes da torcida do Grêmio teriam encurralado cerca de 20 torcedores de uma organizada do São José, e a briga teria começado nos arredores do Passo D'Areia. O tumulto durou cerca de 5 minutos. Três carros foram depredados, e um torcedor ficou ferido. Uma versão do ocorrido diz que os torcedores não teriam conseguido entrar com instrumentos no estádio, o que poderia ter provocado a confusão.
O caso Rai Duarte
Doze torcedores do Brasil-Pel foram detidos pela Brigada Militar após uma briga entre a torcida do Xavante e a do São José no Estádio Passo D'Areia. Entre eles estava Rai Duarte, que ficou 116 dias internado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, e foi submetido a 14 cirurgias.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria de Justiça Militar de Porto Alegre, denunciou à Justiça Militar 17 policiais militares por tortura contra os torcedores do Brasil-Pel.
Briga no primeiro Gre-Nal da história da Libertadores
Aos 41 minutos do primeiro clássico da história da principal competição sul-americana, uma pancadaria entre jogadores das duas equipes manchou o jogo. Uma dividida entre Moisés e Pepê deu início a um bate-boca que envolveu atletas dos dois times.
Começou o empurra-empurra. Dois minutos depois, Rapallini expulsou Luciano e Pepê pelo Grêmio, Edenilson e Moisés pelo Inter. Imediatamente, começou uma briga generalizada, inclusive com a presença da Brigada Militar. Depois, também foram expulsos Cuesta e Caio Henrique, no campo, além de Bruno Praxedes e Paulo Miranda, que estavam no banco.