Os confrontos entre Brasil e Porto Rico no basquete são históricos. Os brasileiros tem dois títulos mundiais, dois vices e dois terceiros, além de dois bronzes olímpicos. Mas essa tradição toda não conseguiu dar ao país o status de potência e, a partir dos anos 1990, a seleção perdeu força no cenário mundial — apesar de ter a presença de diversos jogadores na NBA.
A seca do basquete brasileiro inclui 16 anos sem participar dos Jogos Olímpicos. E mesmo com o retorno em 2012 e a participação por ser sede em 2016, a equipe brasileira não conseguiu vaga para Tóquio. O fortalecimento de uma liga interna, no caso o NBB, completamente administrada pelos clubes parece ser a solução para o crescimento da modalidade e o fortalecimento da seleção.
Um novo trabalho está em desenvolvimento desde setembro de 2021, sob o comando do técnico Gustavo De Conti, que completará 43 anos na próxima segunda-feira (27). Nesse período, com a boa campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, a vaga que deve ser confirmada em Santa Cruz do Sul. Para que isso ocorra, basta uma vitória nesta quinta, diante de Porto Rico. Caso contrário será necessário derrotar os Estados Unidos que, mesmo com um time B, sempre tem uma equipe competitiva. Esta partida acontecerá no domingo.
Nesse período, ainda foi disputada uma Copa América, em setembro do ano passado em Recife, com o Brasil ficando com o vice. Mas apesar da derrota para a Argentina, o treinador brasileiro comemorou esse período.
— A gente já tem uma filosofia, uma cara de seleção desde a Copa América. Lá a gente teve 22 dias pra treinar. Ali foi um divisor de águas pra gente. Conseguimos treinar com todo mundo, dar uma identidade pra seleção. Os jogadores puderam me conhecer melhor, eu pude conhecer melhor os jogadores — apontou De Conti.
Agora é confirmar a vaga na Copa do Mundo, que será disputada no segundo semestre na Ásia, e nela tentar classificação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024, dando início a um novo ciclo do basquete no Brasil. E nada melhor que jogar em uma cidade apaixonada pela modalidade, como é Santa Cruz do Sul.
— É diferente você jogar do lado da sua torcida, que vai estar empurrando, ajudando. E fora de casa é sempre o contrário. A gente tem que usar a torcida aqui de Santa Cruz do Sul, ela sabe de basquete, sabe da nossa vontade de conseguir a vaga e, com certeza, eles vão estar do nosso lado os 40 minutos — afirma Vítor Benite, um dos mais experientes da equipe.