O Rei, agora, descansa em paz. Após 24 horas de velório e outras quatro de peregrinação pelas ruas de Santos em cima de um caminhão de bombeiros, o corpo de Edson Arantes do Nascimento foi sepultado no Memorial Necrópole Ecumênica. A cerimônia de adeus a Pelé foi seguida por centenas de milhares de pessoas no litoral paulista.
O Santos calcula que 230 mil fãs foram à Vila Belmiro para se despedir do maior jogador de futebol de todos os tempos. Uma multidão também tomou as ruas no trajeto do cortejo. Uma celebração popular dos súditos do Rei.
A parte final do velório de Pelé contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acompanhado da primeira dama, Janja, ele abraçou e prestou condolências aos familiares. Não houve contato com a imprensa. À Santos TV, declarou:
— A gente gosta de alguém que dá espetáculo, alguém que é brilhante O Pelé simboliza tudo aquilo que é a ascensão da espécie humana. Tudo aquilo que a gente poder perceber da ascensão do ser humano foi o Pelé.
Pouco depois das 10h, começou o cortejo pelas ruas de Santos. Acompanhado pelas pessoas, que cantavam e saudavam o único tricampeão da Copa do Mundo, o caminhão de bombeiros andou pelas ruas e, em seu momento mais emocionante, parou em frente à casa onde mora a mãe de Pelé, Dona Celeste. O trajeto foi percorrido em quase quatro horas.
No Memorial, o caixão foi levado pelos bombeiros. A banda da corporação entoou a marcha fúnebre e, logo depois, o hino do Santos. No nono andar, onde já havia sido comprado o jazigo que abrigará Pelé para a eternidade, a família realizou uma cerimônia privada.
Foi o adeus a Edson, o Dico, como era chamado pelos parentes mais próximos. Do lado de fora, uma multidão se despedia do Rei.