Foram divulgados na manhã desta segunda-feira (16) números relacionados a ação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) sobre o combate ao preconceito durante o ano de 2022. Conforme o relatório, o órgão recebeu 19 casos de discriminação, sendo 13 que resultaram em punição.
Os acontecimentos estão divididos em três categorias: seis ocorrências de injúria racial, 11 por cânticos homofóbicos e dois por preconceito sexual. Na soma de todas as sanções aplicadas, foram cerca de R$ 335 mil em multas e um total de cinco partidas e 370 dias de suspensão aos clubes infratores. O número ainda poderá aumentar, pois alguns episódios só terão desfecho neste ano.
Apesar dos seis casos de racismo, o número de registros foram muito maiores. Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, são mais de 80. Ao ge.globo, o diretor da ODRF, Marcelo Carvalho, falou sobre a situação.
— Estamos trabalhando para termos uma atualização prévia dos números, mas esse ano vai superar todos os outros em nove anos de trabalho do Observatório — disse.
Apesar dos julgamentos não acompanharem o número de ocorrências, o STJD atesta que o número em questão não acompanha o de casos. O mais proferido em 2022 foi o racismo, visto que o número dobrou em relação a 2021.
Ao Estadão, o vice-presidente administrativo do STJD, Maurício Neves Fonseca, ressalta a importância do tribunal em relação à luta contra o preconceito no futebol.
— O papel do Tribunal é importantíssimo (na luta contra o preconceito). É a mais alta corte do futebol brasileiro, nós temos que efetivamente tomar atitudes através de penalidades contra os clubes e contra aquele que pratica o ato discriminatório, seja racial, homofóbico ou qualquer outro. Tivemos vários julgamentos muito importantes no STJD e tenho certeza que estamos evoluindo muito com relação a este assunto — salientou.