Em uma reunião realizada nesta quinta-feira, que contou com integrantes da alta cúpula do governo, Alexander Lukashenko, presidente de Belarus, fez severas críticas à falta de resultados no esporte. No encontro, que foi transmitido pela televisão local, estiveram presentes o ministro do Esporte e Turismo, Sergei Kovalchuk, o vice-chefe da administração da presidência, Igor Lutsky, o vice-primeiro-ministro Igor Petrishenko e o presidente do Comitê Olímpico Nacional, Viktor Lukashenko.
Na pauta, o assunto foi tentar achar um caminho que leve o esporte do país a um lugar de destaque no cenário internacional.
— Aqui estão as pessoas que são responsáveis pelo desenvolvimento do esporte em nosso país. O que precisamos desenvolver aqui é saber o que é necessário para nossas equipes e nossos atletas atuarem em alto nível — disse o presidente.
Preocupação com infraestrutura para a prática de esportes e outros pontos também foram levantados. O dirigente político fez ainda um comparativo com um passado recente e lembrou que Belarus já esteve em um patamar mais elevado, onde obtinha a marca de 20 a 30 medalhas em competições como as Olimpíadas.
Até a disputa da Copa do Mundo do Catar serviu de argumento para as cobranças do chefe de estado. Em recado direto ao ministro do esporte Sergei Kovalchuk, o presidente Lukashenko disse ter sentido falta da seleção do país no Mundial.
— Este esporte, como muitos outros, está em uma situação desesperada em nosso país. Quando te nomeei, esperava que você, como militar que ama e conhece o esporte, mudaria as coisas.
Por fim, Lukashenko quis saber se os atletas de Belarus poderiam, juntamente com os russos, participar dos próximos Jogos Olímpicos. Em resposta, os dirigentes esportivos responderam que esse assunto ainda não havia sido decidido em função das sanções que o esporte nacional vem sofrendo.
O país vem sofrendo punições na esfera esportiva por conta da invasão da Rússia ao território ucraniano. O conflito teve início em fevereiro deste ano. Belarus é acusada de servir de base de apoio aos russos em algumas regiões que fazem fronteira com a Ucrânia.