O presidente do Comitê Olímpico Italiano, Giovanni Malago, está confiante de que tudo está no caminho certo para as primeiras Olimpíadas do país em duas décadas, mas admite que os últimos anos foram como "correr uma maratona com uma mochila nas costas".
Milão e Cortina d'Ampezzo serão as sedes dos Jogos de Inverno de 2026 e os preparativos do país foram prejudicados pela pandemia do coronavírus e também pela agitação política.
Mas Malago elogiou uma primeira reunião pessoal produtiva com a Comissão de Coordenação dos Jogos do Comitê Olímpico Internacional (COI), que passou três dias em Milão.
— Nos últimos três anos, desde que ganhamos o direito de ter os Jogos, me reuni com quatro governos, quatro instituições e estruturas diferentes, quatro pessoas com quem lidar sem esquecer a covid, a inflação e a crise internacional — disse Malago, em entrevista coletiva, nesta quarta-feira.
— Foi como correr uma maratona com uma mochila. Agora estou feliz porque a nomeação de Andrea Varnier finalmente mostra que o governo está a bordo todos nós sabemos muito bem quais são as dificuldades e os problemas, mas acho que a maioria deles será resolvida em breve — disse o dirigente.
Varnier foi nomeado presidente-executivo do comitê organizador dos Jogos de Milão/Cortina-2026 no mês passado, encerrando um período considerável de limbo com a saída de seu antecessor, Vincenzo Novari, há vários meses. O dirigente de de 59 anos, que também foi consultor do COI, foi diretor administrativo de imagem e eventos de Turim-2006 - a última vez que a Itália sediou os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Inverno.
— Andrea Varnier é a luz no fim do túnel. Sua colaboração como consultor do COI e mais de 30 anos de experiência no setor são a chave para acelerar nosso roteiro. Sua nomeação representou um passo fundamental — acrescentou Malago.
Durante os três dias em Milão, a Comissão visitou vários locais da cidade, incluindo o San Siro, que receberá a cerimônia de abertura. No entanto, há dúvidas sobre como será o estádio em três anos com Milan e Inter de Milão - os dois times que o utilizam como 'casa' - ansiosos para construírem um campo estádio próprio, provavelmente no local de a arena existente ou nas proximidades.
— Não parece haver outro local na Itália com capacidade para 80 mil espectadores, não é apenas uma questão de espetáculo, mas também de receita. Mas como dissemos desde o início não é algo que nos diga respeito, ainda que sejamos obviamente espectadores muito interessados. Qualquer coisa é boa para nós. Tudo bem se o atual San Siro permanecer, embora algumas coisas precisem ser corrigidas — disse Malago.