Com campanhas vitoriosas no futsal e no futebol 7, o Elite, representante de Santo Ângelo, chega mirando classificação e título na disputa do Gauchão Feminino de 2022. Em parceria com o Esporte Clube Ijuí, o projeto aposta na valorização de atletas da região noroeste para alcançar os objetivos no estadual de campo.
Com um elenco diversificado e renovado, a técnica Marli Lourenzon aponta que o clube chega mais preparado do que em relação à edição passada. Em virtude da pandemia de covid-19, houve problemas para treinar, mas, neste ano, o time já conseguiu realizar atividades extras, apesar de só conseguir reunir o grupo conforme a rotina de cada jogadora e das condições climáticas no período do inverno.
— Nós chegamos melhores do que em relação ao ano passado. Em virtude da pandemia, praticamente não treinamos. Esse ano conseguimos fazer treinos a mais. Renovamos praticamente todo o grupo, apenas três titulares (da equipe que estreou em 2021) seguem conosco. Este ano, resolvemos investir em atletas da nossa região, que tem grande potencial.
Para garantir a manutenção do time, toda a base durante o ano é feita no futsal. A treinadora alerta que é praticamente impossível continuar com o mesmo grupo com apenas uma competição no ano. Esta foi uma das reivindicações de Marli durante o congresso técnico do estadual de 2022. A FGF prometeu estudar o assunto.
— Precisamos ter mais campeonatos de futebol de campo. Três meses é muito pouco. Praticamente, todo ano temos que renovar a equipe porque tem pouca competição. Não tem como segurar a atleta só treinando, treinando. Não tem como sobreviver do futebol de campo jogando apenas uma competição.
Nesta edição, o Gauchão Feminino sofreu alterações. A principal delas é a participação de Inter e Grêmio apenas a partir da segunda fase. A decisão já era um pleito dos clubes em virtude das situações dos times, que já chegavam embalados em virtude da presença no Brasileirão. Apesar das condições opostas aos dois principais times do Estado, não é impossível chegar a uma decisão de título contra elas.
— Nosso objetivo é se classificar na primeira fase. Depois, quando chegarmos entre os seis, buscaremos o título do Interior. Sabemos que é muito difícil bater contra a dupla Gre-Nal, mas seguimos sonhando. Sonhar não é impossível. Por isso, o futebol é uma caixinha de surpresas.
Marli Lourenzon também falou sobre a necessidade de projetos para o futebol feminino e a relação de técnica e mãe das jogadoras. Ouça a entrevista na íntegra no episódio do Resenha das Gurias com os técnicos do Grupo A do Gauchão.