Vários tenistas não vão participar do torneio de Wimbledon, que será disputado de 27 de junho a 10 de julho, seja por razões políticas, físicas ou esportivas.
Na chave masculina, uma das principais ausências é a de Daniil Medvedev. O número 1 do mundo foi excluído do torneio, assim como todos os tenistas russos e bielorrussos, após a Federação Inglesa de Tênis (LTA) seguir as diretrizes do governo britânico em represália à Guerra na Ucrânia. Aos 26 anos, Medvedev nunca passou das oitavas de final em Wimbledon.
Vice-líder do ranking, o alemão Alexander Zverev ainda não se recuperou da grave lesão no tornozelo direito que sofreu nas semifinais de Roland Garros. O jogador de 25 anos nunca passou das oitavas de final em Wimbledon.
Assim como Medvedev, Andrey Rublev, número 8 do mundo, que aos 24 anos nunca passou das oitavas de final, está fora pelas mesmas razões que seu compatriota.
Um dos maiores jogadores da história, Roger Federer, que atualmente é o número 96 do mundo, ainda não está recuperado fisicamente. Em 2021, o ganhador de 20 torneios de Grand Slam, que em agosto completará 41 anos, passou pela terceira cirurgia no joelho direito em um ano e meio e não joga desde sua eliminação nas quartas de Wimbledon no ano passado. O suíço foi campeão oito vezes na grama londrina
Um dos veteranos do circuito, o francês Gaël Monfils, que em setembro completará 36 anos, está em fase de recuperação da lesão no calcanhar que o tirou de Roland Garros. Sem treinamentos, ele anunciou a quatro dias do início de Wimbledon que quer estar pronto para os torneios de quadra dura.
Na chave feminina, as bielorrussas Aryna Sabalenka (número 6 do mundo e semifinalista no ano passado) e Victoria Azarenka (número 20 e duas vezes semifinalista) e a russa Daria Kasatkina (número 13 e quadrifinalista em 2018) estão fora do torneio pela decisão da LTA.
Já a ucraniana Elina Svitolina, número 38 do ranking da WTA e semifinalista em 2019, fez uma pausa na carreira devido a dificuldades psicológicas relacionadas à Guerra e por sua gravidez.
A japonesa Naomi Osaka, ex-número 1 do mundo e que hoje ocupa apenas o 42 º lugar, anunciou em meados de junho que estará fora por uma lesão no tendão de Aquiles. Dias antes, ela mostrou dúvidas quanto a participar de Wimbledon em decorrência da decisão da WTA de não atribuir pontos ao torneio pela exclusão de russos e bielorrussos. Quatro vezes vencedora de Grand Slam, ela nunca passou das oitavas de final na grama londrina.
A canadense Eugénie Bouchard, atualmente fora da classificação da WTA, ex-número 5 do mundo e finalista de Wimbledon em 2014, esperava poder voltar ao torneio graças ao seu ranking protegido, já que está fora devido a uma lesão no ombro desde março de 2021. Mas a decisão da WTA de não atribuir pontos levou a tenista de 28 anos a desistir da competição: "Embora adore Wimbledon e não participar me deixe triste, usar um ranking protegido em um torneio sem pontos não faz sentido", explicou a tenista.
* AFP