A possibilidade de substituir o GP da Rússia, cancelado em fevereiro por causa da invasão russa na Ucrânia, foi descartada pela Fórmula 1 nesta quarta-feira. Em comunicado oficial, a organização da modalidade informou que não vai preencher a vaga em aberto no calendário, o que deixa a temporada com o total de 22 corridas em vez de 23, como previsto anteriormente.
"Em 25 de fevereiro,após reuniões entre Fórmula 1, FIA e equipes, foi anunciado que o campeonato não realizaria mais o Grande Prêmio da Rússia em Sochi, que seria realizado de 23 a 25 de setembro. Mas, agora, foi revelado que não haverá GPs adicionais para preencher a lacuna - o que significa que o calendário de 2022 terá 22 corridas", diz a nota.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, várias cidades se ofereceram para sediar um Grande Prêmio em substituição à etapa russa. As negociações, entretanto, esbarraram em regras rígidas de frete, problemas de logística e custos de viagem em uma temporada na qual os orçamentos das equipes estão apertados.
A Turquia, que recebeu etapas da Fórmula 1 em 2020 e 2021, apareceu como forte candidata para preencher a vaga, conforme especulado pela imprensa europeia na mesma semana em que o cancelamento do GP de Sochi foi anunciado. No fim das contas, a possibilidade não saiu do campo dos rumores. Portugal também foi cogitado.
As 23 corridas programadas para esta temporada representariam um recorde de número de etapas na história da Fórmula 1. Agora, com 22 GPs no calendário, a quantidade de provas realizadas é a mesma da temporada passada, que quebrou a marca de 21 corridas disputadas em 2016, 2018 e 2019
O GP de Sochi estava no calendário desde 2014, mas não resistiu às sanções impostas à Rússia dentro do esporte. A F-1 foi uma das modalidades mais duras com as punições. Além da etapa retirada do país, houve episódios como a demissão do russo Nikita Mazepin pela Haas, que também encerrou o contrato de patrocínio com a Uralkali, fabricante fertilizantes da qual Dmitry Mazepin, pai de Nikita, é sócio.