O ex-atacante Jonas foi retido ao desembarcar no aeroporto internacional Humberto Delgado, em Lisboa, Portugal, nesta segunda-feira (30). Segundo o canal CMTV, o ocorrido faz parte da “Operação Fora de Jogo”, que instaurou inquéritos para investigar contratos do futebol português — entre eles o do antigo jogador do Grêmio com o Benfica. Em seguida, o brasileiro foi liberado.
Ao chegar a Lisboa, Jonas foi alertado de que seu antigo contrato com o time português está sob investigação e que ele será intimado a prestar esclarecimentos. A CMTV revela que foi aplicada uma medida de coação mais leve a Jonas, o Termo de Identidade e Residência — que limita a liberdade do acusado, obrigando-o a não mudar de residência ou comparecer perante às autoridades se for notificado.
A Operação Fora de Jogo está na segunda fase, chamada de "Cartão Vermelho". Neste estágio, negócios de clubes tradicionais de Portugal com clubes do exterior são investigados. Antes, entre março de 2015 e o final de 2020, foram instaurados seis inquéritos, com acusações de 129 pessoas, entre jogadores de futebol, agentes e intermediários, advogados, dirigentes e instituições esportivas.
Revelado pelo Guarani e com passagem pelo Santos, Jonas chegou ao Grêmio em 2009. Após desperdiçar uma chance clara diante do Boyacá Chicó, pela Libertadores, chegou a ser chamado de "pior atacante do mundo" pelo jornal Mundo Deportivo, da Espanha.
Entretanto, recuperou-se e foi uma das principais figuras do Tricolor no segundo semestre daquele ano e também na temporada seguinte.
Em 2011, foi negociado com o Valencia e ficou quatro temporadas na Espanha. A transferência para o Benfica ocorreu em 2014 e, por lá, atuou por cinco anos. Jonas disputou a Copa América Centenario pela Seleção Brasileira, em 2016.
