O Querétaro não foi excluído do Campeonato Mexicano como se imaginava após a briga campal da torcida no jogo contra o Atlas que acabou com 26 pessoas hospitalizadas e deixou o mundo perplexo com tamanha violência e falta de segurança no estádio Corregidora. Mas não escapou de duras punições pela Liga MX. Nesta terça-feira (8) ficou decidido que o time terá de atuar fora de seu estádio por um ano, sem a presença de seus torcedores em todas as categorias. Seus dirigentes foram suspensos por cinco anos e terão de vender a equipe nos próximos 365 dias.
Donos das 18 equipes da elite mexicana, além de Mikel Arriola, presidente da Liga MX, e Yon de Luisa, presidente da Federação Mexicana de Futebol se reuniram nesta terça-feira para definir quais punições seriam dadas ao Querétaro. Havia enorme expectativa que a equipe fosse banida da competição como maneira de o país responder com rigidez às lamentações cenas de violência.
Mas, a Assembleia Geral de Proprietários optou pela manutenção da equipe na competição. Apenas o resultado do jogo com o Atlas acabou definido em vitória dos visitantes por 3 a 0. No momento da guerra campal o Querétaro perdia por 1 a 0.
Em entrevista coletiva após a reunião, Mikel Arriola e Yon de Luisa anunciaram a interdição do Corregidora por um ano, sem possibilidade de torcida no período. Além disso, foram rígidos cim os atuais dirigentes do Querétaro, suspensos de qualquer atividade futebolista por cinco anos.
"Querétaro volta ao controle administrativo de seu proprietário (Xolos e Grupo Caliente), com a condição de colocá-lo à venda no prazo máximo de um ano", explicou Arriola. O clube ainda foi multado em um milhão de pesos mexicanos (cerca de R$ 237 mil).
Os torcedores identificados como responsáveis pela confusão foram banidos para sempre dos estádios. O Querétaro não terá apoio das arquibancadas fora por três anos e ainda terá de identificar todos os fãs.
"Não queríamos que os jogadores do Querétaro pagassem. A responsabilidade foi toda da diretoria, por isso tomamos a decisão de ir atrás dos responsáveis", explicou Arriola.