Se a Seleção Brasileira não conseguiu empolgar o torcedor na vitória sobre a Venezuela, nesta quinta-feira (7), a atuação de um jogador foi capaz de causar uma festa em Porto Alegre. Mais precisamente no bairro da Restinga, no extremo sul da Capital.
Colocado em campo no intervalo da partida, o gaúcho Raphinha participou da construção dos três gols que decretaram a virada por 3 a 1. Tudo isso em sua estreia com a camisa amarelinha.
— Acho que já ia ter festa só pela minha estreia. Depois deste jogo, vai ter uma festa ainda maior, acredito eu. Então, fico muito feliz de estar representando a Restinga, meus amigos e minha família. Acredito que eles estão muito orgulhosos pelo que fiz no jogo e pelo que posso fazer também — disse o atacante do Leeds United em entrevista à CBF TV.
Desconhecido do grande público, o atleta de 24 anos roubou a cena em Caracas. Primeiro, cobrou o escanteio na cabeça de Marquinhos, que empatou o jogo. Depois, puxou o contra-ataque que gerou o pênalti sobre Gabigol. E, por fim, deu assistência para Antony fechar a conta brasileira.
— Acredito que a assistência vale a mesma coisa que um gol. Por ser um jogador de beirada, claro que gosto muito do gol, mas quando consigo fazer uma assistência a um companheiro, fico muito feliz. É como se tivesse feito um gol. Então, fico muito feliz, não só pela assistência, mas pela partida que consegui fazer, o que consegui demonstrar em campo e pela vitória, que mantém nossa invencibilidade — analisou.
Com 100% de aproveitamento nas Eliminatórias, o Brasil ainda conseguiu aumentar a distância para a vice-líder Argentina, tirando oito pontos na frente. Mas Raphinha tem a expectativa de que Tite não leve a sério o ditado popular que decreta que "em time que está ganhando não se mexe".
Após esta estreia acima da média, a cria da Restinga espera cavar um espaço entre os titulares para o compromisso do próximo domingo, contra a Colômbia, em Barranquilla.
— É sempre bom fazer um bom jogo e colocar a responsabilidade para cima do treinador. Lógico, respeitando meus companheiros, que neste caso é o Éverton (Ribeiro). Então, acredito que é uma dúvida boa para ele (Tite), mas estou aí para mostrar meu trabalho, meu futebol, e vai do professor agora decidir. Se é melhor eu jogar ou não, agora é com ele — concluiu.