A Seleção Brasileira entrou em campo deixando claro que o jogo contra o Equador, na noite deste domingo (27), pela quinta rodada da Copa América, valia pouco. Já classificado e com o primeiro lugar do Grupo B garantido, o Brasil poupou Neymar e não saiu de um empate em 1 a 1 com os equatorianos no Estádio Olímpico de Goiânia — Éder Militão abriu o placar para o Brasil, e Mena deixou tudo igual. Agora, a Seleção de Tite aguarda os resultados desta segunda-feira para conhecer o adversário das quartas de final na sexta-feira. Pode ser o Uruguai, se perder para o Paraguai, ou o Chile.
Tite optou por revezar o time e poupar peças importantes. Por isso, Neymar, que estava pendurado, ficou no banco. O esquema também foi alterado: saiu o 4-1-4-1, mais usado pelo treinador, e apareceu uma formação no 4-2-3-1, com Everton Cebolinha como o extrema-esquerda que era no Grêmio — a diferença é que ele atuava mais por dentro, com Renan Lodi usando a linha de fundo com mais frequência.
A primeira chegada do Brasil, a um minuto, gerou reclamação logo de cara. Lodi recebeu na esquerda, pela entrada da área, e sofreu contato leve da defesa equatoriana. Apesar da queda do lateral brasileiro, o árbitro chileno Roberto Tobar mandou seguir. O primeiro ataque equatoriano foi aos dois, em chute sem direção de Palacios.
O Equador levou certo perigo aos 10, quando Valencia arriscou um chute do meio-campo. Alisson estava adiantado e se desequilibrou ao tentar voltar para a meta. A bola, no entanto, bateu na rede por cima do gol. Aos 13, Lucas Paquetá arriscou um chute perto da esquina da área, mas Galíndez defendeu.
A Seleção chegou bem aos 19, quando Lucas Paquetá deu uma cavadinha para Gabigol. O centroavante do Flamengo não conseguiu finalizar com força e parou no goleiro equatoriano, que saiu do gol com agilidade. Quatro minutos depois, Lodi e Everton fizeram boa jogada pela esquerda, de onde saíam as melhores jogadas do Brasil, mas Cebolinha adiantou demais no drible perto da linha de fundo. Depois de outra jogada por aquele lado, Paquetá também chutou, com perigo.
O Brasil tinha domínio quase completo das ações, mas o Equador se fechava em linha de cinco na defesa e dificultava as ações criativas. E, para conseguir furar a retranca, a Seleção precisou da bola parada — e a partir do lado direito, que tinha tido pouco volume ofensivo. Aos 36, Everton Cebolinha cobrou falta na área, e Éder Militão pulou no terceiro andar para testar no canto esquerdo de Galíndez. Vantagem brasileira em Goiânia.
Com Renan Lodi e Alex Sandro pendurados, Danilo entrou aos três minutos do segundo tempo e foi improvisado na lateral esquerda. O Equador, por sua vez, passou a buscar mais o resultado porque, no outro jogo do grupo, a Venezuela conseguia somar um ponto diante do Peru e garantia a quarta vaga da chave.
Desta forma, aos sete, o Equador chegou ao empate: no rebote de um escanteio, os equatorianos se aproveitaram de uma sequência de cabeçadas, e Mena ficou de cara para Alisson. O camisa 15 bateu com força, sem chances para o goleiro brasileiro: 1 a 1.
A Seleção, que havia diminuído o ritmo no segundo tempo, finalmente chegou com perigo aos 20. Lucas Paquetá arrancou bom cruzamento da esquerda para a direita à procura de Vinícius Júnior, que chegou de carrinho no meio de área, mas bateu para fora. Na tentativa de retomar o controle do jogo, Tite fez as quatro alterações que restavam em dois momentos, aos 17 e aos 31: colocou Casemiro, Vinícius Júnior, Everton Ribeiro e Richarlison nas vagas de Douglas Luiz, Firmino, Lucas Paquetá e Everton Cebolinha.
Confirmando a tendência de leve superioridade no segundo tempo, o Equador chegou com certo risco duas vezes: aos 34, Estupiñán chutou para defesa de Alisson; aos 42, Campana subiu entre os zagueiros brasileiros e cabeceou para fora. Nos minutos finais, o Brasil se jogou ao ataque e tentou desempatar. Os jogadores chegaram a pedir um pênalti em Richarlison já perto dos acréscimos, mas a arbitragem não considerou o choque irregular.
No fim das contas, o empate serviu para os equatorianos. Com três pontos, ficou em quarto e garantiu a classificação graças à derrota da Venezuela para o Peru. O Brasil, com 10, encaminhou a melhor campanha da primeira fase.
A definição dos confrontos de quartas de final só ocorrerá nesta segunda-feira, após as partidas da última rodada do Grupo A. Os dois jogos serão às 21h. A líder Argentina encara a já eliminada Bolívia, na Arena Pantanal, para confirmar a primeira posição da chave. Já o Uruguai, quarto colocado, enfrenta o vice-líder Paraguai, no Engenhão, em busca ao menos de um empate para ultrapassar o Chile na tabela e evitar o confronto com a Seleção Brasileira já na próxima fase.
Copa América — 5ª rodada — 27/6/2021
BRASIL (1)
Alisson; Emerson, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi (Danilo, 3'/2°); Fabinho e Douglas Luiz (Casemiro, 17'/2°); Roberto Firmino (Vinícius Júnior, 17'/2°), Lucas Paquetá (Everton Ribeiro, 31'/2°) e Everton (Richarlison, 31'/2°); Gabigol.
Técnico: Tite.
EQUADOR (1)
Galíndez; Angelo Preciado, Arboleda, Reyna e Palacios (Plata, 26'/2°); Caicedo (Mena, 16'/1°), Méndez, Franco e Estupiñán; Valencia (Campana, 37'/2°) e Ayrton Preciado (Pineida, 37'/2°).
Técnico: Gustavo Alfaro.
Gols: Éder Militão (B), aos 36 minutos do primeiro tempo; Mena (E), aos sete minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Estupiñán (E)
Local: Estádio Olímpico de Goiânia (GO)
Arbitragem: Roberto Tobar, auxiliado por Christian Schiemann e Claudio Rios. VAR: Julio Bascuñan (quarteto chileno).
Próximo jogo:
Copa América — quartas de final
2/7/2021 — 21h
Brasil x Uruguai ou Chile
Engenhão, no Rio de Janeiro