A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou nesta terça-feira que vai receber a doação 50 mil doses de vacina contra a covid-19 para garantir a imunização de atletas que vão disputar a Copa América e os outros torneios organizados pela entidade. A negociação foi mediada pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, com o laboratório chinês Sinovac Biotech.
Em nota oficial, a Conmebol afirmou que a doação das vacinas assegura a realização da Copa América, prevista para iniciar em junho na Colômbia e na Argentina. A entidade promete ainda que as doses serão distribuídas prioritariamente para os elencos profissionais do futebol sul-americano, tanto masculinos como femininos. Árbitros e comissões técnicas também serão incluídos nesse plano.
Futuramente os dirigentes vão divulgar os detalhes operativos da vacinação. "É um passo adiante enorme para vencer a pandemia da covid-19, mas não significa de modo algum que vamos a baixar a guarda. Manteremos nosso trabalho responsável, que nos permitiu concluir nossos torneios sem contratempos e sem alterar os formatos", disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. O dirigente paraguaio agradeceu ao laboratório chinês pelo gesto de solidariedade.
A pandemia afetou principalmente torneios de seleções organizados pela entidade. No ano passado, a Copa América precisou ser adiada. Em 2021, foi a vez de as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022 sentirem o impacto. As rodadas previstas para março acabaram desmarcadas. Entre competições de clubes, a Copa Libertadores permaneceu paralisada em 2020 por cerca de seis meses.
Por enquanto, os torneios organizados pela Conmebol permanecem disputados sem público como medida de precaução ao contágio pela doença. Porém, houve uma exceção. A final da Libertadores, realizada em janeiro, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, recebeu cerca de 5 mil pessoas convidadas entre patrocinadores, dirigentes e alguns torcedores.