O goleiro Ygor Vinhas, da Ponte Preta, sentiu na pele os efeitos do coronavírus. Ele esteve entre os 32 profissionais que foram vítimas do surto de covid-19 que atingiu o time de Campinas desde o início do Campeonato Paulista. Após cumprir quarentena, voltou aos treinamentos, mas não foi nada fácil, uma vez que sentiu alguns sintomas desconfortáveis nas primeiras atividades.
— No primeiro dia de treinamento, depois que eu voltei do isolamento, senti algumas dificuldades de respirar. Abafava muito rápido, me sentia um pouco meio em câmera lenta também, mas isso foi só no primeiro e no segundo dia e, depois, já voltei ao normal. Hoje eu me encontro em perfeito estado — revelou o goleiro, que perdeu o olfato e o paladar mesmo tendo sintomas leves.
Apesar dos sintomas, Ygor Vinhas acredita que o futebol deva continuar. O goleiro da Ponte Preta crê que os protocolos exigidos pela Federação Paulista de Futebol (FPF) são necessários para a bola não parar.
— Ficamos tristes pelo o que está acontecendo no Brasil e no mundo, na verdade. Ficamos tristes pela proporção que isso tomou e por tanto tempo que está durando isso. Segue um aumento significativo no número de mortes, mas estamos seguindo um protocolo que, para nós, é seguro. Apesar do número alto de casos, estamos nos testando. Estamos fazendo tudo o que está dentro do protocolo para nos protegermos. Estamos aqui para cumprir o nosso calendário de jogos e fazer o nosso trabalho. Estamos nos preparando da melhor forma possível para, quando tiver o jogo, termos um retorno positivo — argumentou.
De qualquer forma, Ygor Vinhas e a Ponte Preta poderão ter que esperar um pouco mais para voltar a jogar. O duelo contra o Santos, pela quinta rodada do Paulistão, não deverá acontecer mais nesta quinta-feira (25) no Estádio de São Januário. A Prefeitura do Rio de Janeiro informou que jogos envolvendo clubes de outros Estados não acontecerão na cidade já a partir desta quarta. A FPF ainda não se pronunciou sobre o assunto.