Neymar está no olho do furacão outra vez. Acostumado a ganhar os holofotes pelo que faz dentro de campo, o craque da Seleção Brasileira também ganha destaque pelo que faz fora das quatro linhas. As últimas notícias dão conta de que o atacante estaria organizando uma festa de Ano-Novo para mais de 100 pessoas em Mangaratiba, no Rio de Janeiro.
Embora a assessoria do jogador tente minimizar os arranhões à imagem do jogador, alegando que o evento não será organizado por ele, a repercussão ganha proporções comparáveis aos seus feitos como atleta — não só Brasil, mas também na imprensa internacional.
França
No país onde joga desde 2017, o brasileiro é criticado pelo jornal Le Figaro, que dá o tom da matéria já na manchete: "Com o mega-Réveillon e mais uma polêmica, Neymar estraga ainda mais sua imagem".
Na abertura, o texto coloca o atacante brasileiro contra a parede: "Boatos de uma festa gigante organizada para as comemorações de fim de ano no Brasil por Neymar, em meio a uma pandemia, reavivaram a imagem de eterno filho mimado do atacante brasileiro do PSG, que parecia ter se acalmado recentemente".
A matéria ainda recorda as últimas situações extracampo em que o jogador teve seu nome vinculado, como a acusação de estupro (que, por falta de provas, resultou no arquivamento do processo), e cita críticas de personalidades brasileiras, como o narrador Galvão Bueno, que comparou o seu comportamento aos de LeBron James, Lewis Hamilton, Messi e Cristiano Ronaldo.
O jornal Le Parisien, por sua vez, traz como manchete "Neymar deu início à festa no Brasil". A matéria cita que os assessores do atleta afirmaram à agência de notícias AFP que o evento é organizado pela empresa Fábrica, e não pelo camisa 10. Porém, segundo a reportagem, "Neymar havia alertado seu clube Paris Saint-Germain que estava organizando uma festa em sua luxuosa casa em Mangaratiba e que todos os cuidados com a saúde seria tomados".
Espanha
Na Espanha, onde o atacante atuou por quatro temporadas ao defender o Barcelona, os jornais também repercutem a situação. No título, o Mundo Deportivo afirma: "A polêmica festa de Neymar terá 150 pessoas e 'todas as normas sanitárias'". O texto ainda cita que alguns veículos batizam o evento como "Neymarpalooza", em referência ao evento musical Lollapalooza.
A matéria ainda classifica como "apoteótica e multitudinária festa em um momento que o Brasil se aproxima dos 200 mil mortos por coronavírus".
Inglaterra
Nos tabloides ingleses, que dão ampla repercussão a uma proliferação de casos entre atletas da Premier League, o brasileiro também ganha destaque. No The Sun, o título faz um trocadilho com seu nome: "Neym and shame" (Neym e vergonha, na tradução para o português).
A reportagem faz referência às festas anteriores organizadas por Neymar, citando que, no seu aniversário, em fevereiro deste ano, o meia espanhol Ander Herrera, seu companheiro de PSG, revelou que a esposa o proibiu de ir no banheiro sozinho ou descer para o andar de baixo da casa por causa da presença de "muitas mulheres solteiras".
Itália
Os italianos também dão ênfase à festa da virada do craque brasileiro. O jornal Gazzetta dello Sport chega a fazer a conversão de quanto custaria a celebração "ao estilo de Hollywood": R$ 4 milhões, ou 625 mil euros. Porém, a manchete cita um outro atacante que estaria o imitando: Gabigol.
De acordo com o texto, o jogador que pertencia à Inter de Milão e atualmente defende o Flamengo foi "obviamente movido por um espírito de emulação" e teria organizado "um evento de proporções menores do que o armado por Ney, mas mesmo assim de alto nível", reunindo 50 pessoas na zona oeste do Rio de Janeiro.