Menos de uma semana depois de ter sido goleado por 8 a 2 pelo Bayern de Munique, nas quartas de final da Liga dos Campeões, o Barcelona anunciou e apresentou o holandês Ronald Koeman como seu novo treinador. Ele chega com a missão de substituir Quique Setién e reconstruir o ambiente do vestiário catalão.
— Temos de fazer mudanças. A imagem do outro dia não é a que queremos, nem eu e nem ninguém. Temos que trabalhar muito para recuperar o nosso prestígio. Ainda somos o maior clube do mundo. Agora, precisamos trabalhar para colocar o Barça onde ele precisa estar: no topo. Vamos dar tudo para isso. É o nosso trabalho, junto com os jogadores que ainda têm muita qualidade — declarou ele em sua apresentação nesta quarta-feira (19).
Sua contratação é uma tentativa do Barcelona de voltar ao período vencedor. Como zagueiro, Koeman atuou no Camp Nou de 1989 e 1995 e, sob o comando do ídolo Johan Cruyff, foi tetracampeão espanhol e autor do gol que deu o primeiro título da Liga dos Campeões, em 1992.
— Hoje é um dia para estar feliz e orgulhoso. Todos sabem o que o Barça é para mim. É minha casa. Ter a oportunidade de treinar um grande time como o Barça é um desafio. Não é fácil porque te exige sempre o máximo. Gosto assim porque penso que há qualidade suficiente para exigir isso. Agora assinei e agora sou treinador do Barcelona. A partir de agora vamos trabalhar para treinar uma equipe forte.
Perguntado sobre Lionel Messi, Koeman afirmou que deseja contar com sua permanência. Nos últimos dias, a imprensa espanhola noticiou que o argentino teria pedido para ser negociado.
— Não sei se tenho que convencê-lo (a ficar). Claro que quero tê-lo no meu time. Ficaria encantado em trabalhar com ele porque ele te ganha os jogos. Se conseguir o rendimento de sempre, fico contentíssimo que fique. Ele tem contrato (até junho de 2021). Temos que falar com ele, claro, pois é o capitão do time. Temos que falar com vários jogadores, tomar decisões. No caso de Messi, espero que fique mais anos aqui — afirmou.
Com 57 anos, Koeman não está exatamente iniciando sua carreira de treinador. Já passou por vários clubes anteriormente, destacando-se as passagens por Ajax (de 2001 a 2005), PSV (de 2006 a 2007), Valencia (de 2007 a 2008) e AZ Alkmaar. Seu último trabalho foi à frente da seleção holandesa.