Quando o dinheiro do Catar começou a entrar na conta do PSG em 2011, a missão sempre foi transformar um time regular no cenário nacional francês em uma potência reconhecida internacionalmente. Não foi uma tarefa fácil e agora, quando o clube celebra 50 anos de vida, 9 sob gestão de um fundo de investimentos do país do Oriente Médio, está mais próxima do que nunca de ser concretizada. Com gols do brasileiro Marquinhos, do argentino Di Maria e do espanhol Bernat, passou fácil pelo RB Leipzig na semifinal desta terça-feira (18), em Lisboa. Outra vez, Neymar não marcou, mas teve uma boa atuação, acertando a trave em duas oportunidades e dando assistência para Di María ampliar o marcador na primeira etapa. O time francês não correu riscos e em nenhum momento esteve perto de sofrer gol.
Antes de 2020, o Paris Saint-Germain tinha chegado apenas uma única vez na semifinal de Liga dos Campeões. Foi na temporada 94/95 quando os franceses, comandados pelos brasileiros Ricardo Gomes, na zaga, Raí e Valdo, no meio-campo, ficaram entre os quatro melhores times da Europa. Acabaram eliminados pelo Milan antes da decisão. Perderam em Paris por 1 a 0 e em Milão por 2 a 0. Os italianos tinham um timaço com Baresi, Maldini e Savicevic.
Em se tratando de futebol francês nas finais, o desempenho é bem "humilde" em 65 anos de competição. A chegada do PSG à decisão de domingo (23) é apenas a sétima de um clube do país na história iniciada em 1955. E ela acontece depois de 16 anos do último representante local ter tentado levantar a taça.
Em 2004, o Monaco acabou derrotado pelo Porto, de José Mourinho, em Gelsenkirchen, na Alemanha. O único bem sucedido foi o Olympique, de Marselha, em 1993, que derrotou o Milan na final em Munique. 1 a 0, gol de Boli, num time que tinha ainda o goleiro Barthez, o zagueiro Desailly, o meia Abedi Pelé e o atacante alemão Völler. Meses depois, o time se viu envolvido num escândalo de manipulação de resultados, sendo punido pela FIFA com a perda do título francês e a proibição de disputar o Mundial Interclubes no Japão contra o São Paulo, então campeão da Libertadores. Outros franceses nas finais foram o Stade de Reims em 1956 e 1959, o Saint-Étienne em 1976 e o Olympique em 1991. Todos terminaram como vice-campeões.