Principal categoria do automobilismo brasileiro, a Stock Car deu a largada para a temporada de 2020 neste domingo (26), em Goiânia, com vitórias dos experientes Ricardo Zonta e Rubens Barrichello, ambos ex-pilotos da Fórmula 1. Zonta confirmou o bom desempenho que lhe havia garantido a pole position no grid de largada e levou a melhor na primeira corrida, seguido por Allam Khodair e Ricardo Mauricio.
— Uma vitória que significa muito para mim. No lado emocional, a gente sabe que tem muita gente passando dificuldades. Muitos perderam pessoas próximas com a covid-19, eu quase perdi meu pai. Dedico essa vitória à minha família e todo mundo que vem enfrentando dificuldades — declarou Zonta, em entrevista ao SporTV.
Na segunda corrida, Rubens Barrichello ficou com a primeira colocação, tendo alcançado a quinta vitória pessoal em solo goiano pela competição. Completaram o pódio Nelsinho Piquet e o jovem Bruno Baptista, recuperado da covid-19.
— Sinto muito não termos público, mas estou muito feliz de começar desse jeito — ressaltou Rubinho após a vitória.
O atual campeão, Daniel Serra, terminou com uma quarta colocação na primeira corrida e um oitavo lugar na segunda. Com a somatória dos resultados das duas provas, ele aparece em terceiro lugar na classificação geral com 32 pontos, atrás do líder Ricardo Maurício (39) e do vice Rubinho (38).
Após quatro meses de adiamento e indefinições provocadas pela pandemia do novo coronavírus, a Stock Car voltou com portões fechados e sem público. Na pista, as principais novidades foram a menor duração das corridas (de 40 para 30 minutos) e a inversão de posições dos 10 primeiros colocados entre a primeira e a segunda corrida, com o objetivo de equilibrar a disputa.
Do hospital para o pódio
Um dos principais destaques da segunda corrida foi o jovem Bruno Baptista, recuperado da covid-19. Depois de enfrentar problemas no câmbio durante a classificação e largar apenas no 23º lugar do grid na primeira prova, ele conseguiu ir ao pódio da segunda.
O piloto de 23 anos havia sido infectado com o novo coronavírus em abril, precisou ficar oito dias internado para o tratamento e chegou a ter 40% do pulmão comprometido pela doença. Desde então, vinha passando por fisioterapia e realizando uma preparação especial para voltar a correr.