Com o futebol inativo há dois meses e os clubes atravessando uma situação peculiar no período de combate ao coronavírus, grande parte dos jogadores do Brasil viu seus ganhos diminuírem nos últimos tempos. A maioria deles, no entanto, acredita que as diretorias das equipes foram respeitosas ao negociar a diminuição dos salários, conforme pesquisa feita pela Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) em parceria com o SIAFMSP (Sindicato dos Atletas de Futebol do Município de São Paulo).
O questionamento foi feito em uma pesquisa maior, que também perguntava aos atletas se eles eram a favor ou contrários ao retorno do futebol e suas motivações para isso. Foi um trabalho conjunto entre os órgãos e a consultoria Esporte Executivo, especializada em gestão no esporte.
Foram ouvidos, na última semana, 734 dos quase 20 mil atletas profissionais de futebol de todos os Estados do país. Entre os que responderam estão jogadores das Séries A, B, C e D, campeonatos regionais e futebol feminino. O índice de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de quatro pontos percentuais.
Sem distinção de divisão, a pesquisa apontou que 61% dos atletas consideram que as negociações para redução de salários foram respeitosas e que os dirigentes foram transparentes, chegando a um consenso. Na sequência, com 13%, veio a opção de que os dirigentes não foram respeitosos e que sequer abriram diálogo com o vestiário, impondo cortes.
Depois, com 12%, apareceu a alternativa de que os dirigentes foram transparentes, mas as partes ainda não chegaram a um consenso. E, por último, com 11%, os dirigentes mentiram para o grupo de jogadores e não cumpriram o combinado.