Líder da seleção feminina de ginástica artística atualmente, Jade Barbosa foi uma novata quando o esporte tinha ninguém menos que Daiane dos Santos. Ela foi determinante para o crescimento da ginasta e chegou a beliscá-la para que não chorasse durante uma coletiva de imprensa nos Jogos Pan-Americanos de 2007.
Jade ficou próxima ao ouro do individual geral da competição, e uma falha a tirou do lugar mais alto do pódio. Fora da apresentação, chorou e foi fotografada com as lágrimas escorrendo pelo rosto. Um jornalista questionou a menina de 16 anos sobre o choro relacionando a atitude à morte da mãe da ginasta e foi aí que Daiane entrou em cena.
— Um dos repórteres perguntou: "Quando você caiu, você pensou: mãe, me ajuda?". Eu tinha perdido minha mãe por aneurisma, e as pessoas usavam isso. E eu lembro da Dai me beliscando e falando: "Não chora, Jade, não chora". Eu respondi: "Não, faço ginástica por mim". Situações assim vão acontecer, importante é você ter pessoas e a certeza do que você é. Base familiar é muito importante, amigos. Eu tive isso. Eu estou bem.
Jade ainda contou que não sabia como seria participar de um Pan-Americano, ainda mais dentro de casa. Ela conta que o momento não foi fácil, mas a terapia ajudou muito. E acrescentou, sobre o relacionamento com sua equipe:
— Nós éramos unidas, nosso objetivo era boa colocação no Mundial, medalha olímpica. Quando seu objetivo está claro, você trabalha para aquilo.