Muito se especula que o Grêmio, em breve, anunciará a propriedade em definitivo da Arena. Espero que o clube tenha avaliado bem os prós e contras e que desafios enfrentará, caso isso, de fato, venha a acontecer. Até que ponto a relação Grêmio-OAS é nociva ao clube? Até que ponto é um problema não ter autonomia para gerenciar a sua casa? O Grêmio tem cultura administrativa para gerir um estádio desse porte? Tem expertise para tocar esse modelo de negócio? Estas são indagações importantes a fazer. Espero que tudo seja analisado por quem tem background para essa tarefa.
Consideremos as despesas com taxas e tributos, com quadro de pessoal e, especialmente, com manutenção. São custos que, atualmente, não fazem parte do orçamento do clube. A solução tem de ser um meticuloso estudo de mercado por parte do clube, entender que o estádio a ser assumido exigirá muito mais responsabilidades do que o antigo Olímpico. Gerir uma arena como a do Grêmio vai muito além de abrir e fechar portas, acender e apagar luzes. Além de assumir a gestão, o clube estará assumindo as responsabilidades, sejam elas financeiras ou de segurança.
Claro que o Grêmio, terá vantagens. Tais como usufruir do que for arrecadado em todas as áreas da Arena e viabilizar o seu entorno, além de, finalmente, ter autonomia sobre seu próprio estádio, alcançando de vez uma liberdade de gestão. Além de tudo o que isso significaria sentimentalmente para sua imensa e apaixonada torcida.
Seja como for, para um passo desse tamanho, o clube precisa ter o cuidado de assessorar-se com suficiência, de buscar gente que entenda muito bem o negócio em que estará entrando. Assumir a Arena é uma responsabilidade gigantesca, mas o Grêmio tem administradores conscientes, que saberão como proceder.
A Arena é e sempre será do Grêmio, em qualquer circunstância. Mais, a Arena é de Porto Alegre, do Rio Grande e do Brasil.