O Brasil vai impedir a entrada em seu território de cerca de 5.000 'barrabravas' (torcedores violentos) da Argentina durante a próxima Copa América, segundo um convênio firmado entre os dois países, anunciaram nesta sexta-feira os respectivos ministros de Segurança.
O acordo integral assinado pela ministra argentina, Patricia o, e seu colega brasileiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, inclui "um capítulo especial para que 5.000 violentos não entrem nos estádios da Copa América", explicou Bullrich.
"É um passo adiante muito importante, a possibilidade de assinar este acordo e entregar esta lista (com 5.000 nomes)", disse a ministra durante uma entrevista coletiva ao lado de Moro.
Primeiro havia sido realizado um encontro com os colegas da Justiça e do Interior da Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai do qual também participou o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Domínguez.
Domínguez destacou a importância do acordo bilateral e a necessidade de trabalhar "em conjunto" para erradicar a violência nos eventos esportivos.
"Assim como dois anos e meio atrás (quando assumiu na Conmebol) havia um desafio de trabalhar pela transparência e gerar mais recursos, hoje temos que trabalhar para devolver às pessoas a segurança e a tranquilidade que o futebol pode ter", disse Domínguez, que fez um apelo para que os países adotem legislações comuns.
Insistiu em que "o futebol é paixão, diversão, fanatismo, mas o futebol transmite bons valores e não está associado nem deve ser associado às organizações criminosas ou aos desajustados".
"Argentina e Brasil buscam assegurar que o espetáculo ocorra sem incidentes", afirmou Moro.
Os 5.000 'barrabravas' já são impedidos de entrar nos estádios na Argentina, país que instaurou em 2013 a proibição de entrada nos estádios de torcedores visitantes para combater a violência.
Caso consigam cruzar as fronteiras, serão barrados na entrada dos estádios.
"Os mecanismos não são necessariamente perfeitos, mas o Brasil em cooperação com a Argentina, vai fazer o máximo para evitar o ingresso dessa minoria em território brasileiro", acrescentou o ministro.
Moro afirmou que a segurança vai estar garantida durante a Copa América que vai ser disputada entre o dia 14 de junho e 7 de julho.
* AFP