A NBA até tentou segurar o ímpeto do rapper Drake, que tem roubado a cena nos playoffs desta temporada, mas não deu. Antes de o cantor ser novamente "destaque" no primeiro jogo da final, que terminou com a vitória do Toronto Raptors sobre o Golden State Warriors, a liga conversou com o músico e pediu moderação. A solicitação não adiantou muito.
O astro do hip-hop mexeu no cabelo de Stephen Curry e chamou Draymond Green de "lixo" durante uma discussão no fim do primeiro jogo da decisão, vencido pelos Raptors — a final da NBA é disputada em formato melhor de sete. O comportamento tem sido considerado um problema nos Estados Unidos.
Torcedor fanático e embaixador mundial da equipe canadense, o cantor é amigo dos jogadores e tem acesso livre ao Raptors. O rapper esteve dentro do vestiário quando o time conseguiu a classificação para a final da NBA, um ambiente normalmente reservado ao elenco.
— Eu acho que, no caso do Drake, certamente apreciamos o status de fã dele e o amor que a comunidade de Toronto tem por ele. Entendemos que ele tem uma relação com o time, mas achamos apropriado que a relação não atrapalhe — disse o comissário da liga, Adam Silver, em entrevista divulgada ainda antes da final pelo site Bleacher Report.
Logo após a classificação de Toronto à final, a NBA já demonstrava preocupação com as reações do rapper durante os jogos. Um caso emblemático foi quando o astro massageou os ombros do técnico dos Raptors, Nick Nurse, durante uma partida contra o Milwaukee Bucks.
— Certamente não queremos fãs, amigos ou não, tocando um técnico durante o jogo. Eu acho que nem mesmo o Nick Nurse sabia que era o Drake, e eu acho que isso pode levar a situações perigosas. Você fica completamente focado durante uma partida e não quer ninguém que não seja do time te tocando — analisou Silver.
No primeiro jogo da decisão, a transmissão oficial da TV evitou focar no rapper, mas ainda não foi o suficiente para conter a influência midiática que ele tem.
Apesar de a NBA considerar o comportamento do rapper um problema, os jogadores não parecem tão incomodados assim. Questionado sobre a discussão da última quinta-feira, Draymond Green negou qualquer desconforto com a situação.
— Não foi uma briga porque eu não bati nele, e ele não me bateu. E eu não o empurrei ou ele me empurrou. Conversamos, mas eu não considero uma briga — afirmou o camisa 23 dos Warriors.
As reações de Drake devem ser tema novamente neste domingo, às 21h (de Brasília), quando os Raptors novamente recebem os Warriors no segundo duelo da final. Os canadenses lideram por 1 a 0. O jogo tem transmissão da ESPN.