O Flamengo ainda não tinha vencido o Franca fora de casa neste NBB, mas quebrou essa escrita no dia mais importante de todos. Em uma partida quente, especialmente no último quarto, Marquinhos e Balbi chamaram a responsabilidade em pleno ginásio Pedrocão, que estava completamente lotado. Apesar de toda a pressão dos paulistas, o rubro-negro conquistou o hexacampeonato no NBB neste sábado (8), com vitória por 81 a 72.
Marquinhos fez 18 pontos e foi o cestinha da partida junto com David Jackson, do Franca, mas outros nomes da equipe rubro-negra se destacaram, como Franco Balbi, Olivinha e Varejão. Do lado de Franca, além do americano, Didi, que saiu mais cedo de quadra, foi o grande destaque. Porém, isso não foi suficiente para evitar o título do Flamengo na edição 2018/19.
Destaque da partida na reta final, o ala-pivô Olivinha, do Flamengo, cantou o hino rubro-negro e destacou a importância da conquista longe do Rio de Janeiro:
— Cara, melhor palco para ser campeão não existe. Quem joga basquete sabe que ganhar aqui é muito especial. Nosso time está de parabéns por toda a temporada, o trabalho aqui foi exemplar, fizemos um grande jogo e saímos com a vitória, mais um título no currículo do Flamengo. Vamos comemorar para caramba, agora — disse, em entrevista ao "Fox Sports".
Antes desta final, o Flamengo havia conquistado o título do NBB em outras cinco oportunidades (2008-09, 2012-13, 2013-14, 2014-15 e 2015-16).
O indicativo de que a partida seria quente veio já na bola ao alto, com Franca cometendo a primeira falta da partida. O primeiro belo lance do jogo veio com Lucas Dias, que enterrou para fazer 4 a 2 para o Franca. Após isso, o Flamengo foi para cima e virou para 12 a 4 no placar, com contribuição de Olivinha e Varejão, obrigando o técnico Helinho a pedir tempo.
Franca não parecia bem na partida e desperdiçava muitas oportunidades quando chegava ao ataque, incluindo duas chegadas ao garrafão sem marcação. O Flamengo, por sua vez, demonstrava tranquilidade na defesa e precisão no ataque. Rafa Mineiro e Marquinhos ainda acertaram mais duas bolas de três pontos antes do fim do primeiro quarto, que terminou em 24 a 10 para o time carioca.
O segundo quarto começou com Franca mais ligada, com quatro pontos, em duas bolas de dois. Porém, Marquinhos converteu da linha de três e deu seu recado. Franca ainda tentava de três, mas a bola insistia em não cair. As de dois, porém, começaram a entrar. Em uma das oportunidades, Didi converteu de dentro do garrafão e deu uma encarada em Rafa Mineiro.
Crescenzi converteu mais uma de três para o Flamengo e obrigou Helinho a pedir tempo mais uma vez. Com duas cestas de dois de Franca, foi a vez do Flamengo pedir tempo. Didi, destaque da equipe paulista na partida, sentiu dores no braço em trombada com Nesbitt e teve que ser levado para o vestiário. O Flamengo aumentou a distância em relação ao primeiro quarto e foi para o intervalo com 45 a 29 no placar.
Franca voltou do intervalo com sal grosso na quadra e com gás, anotando 11 pontos logo de cara e diminuindo o prejuízo. Alexey e Hettsheimeir comandaram a equipe, apesar das chances desperdiçadas por Lucas Dias. Do lado rubro-negro, as bolas de três pararam de cair e o técnico Gustavo De Conti pediu tempo mais uma vez. Os cariocas só conseguiram a primeira cesta com 4 minutos para o fim do período. Depois, Balbi acertou de três e fez o Flamengo respirar. O terceiro quarto terminou com 56 a 44 para o Flamengo.
O último quarto teve um festival de bolas de três pontos. Primeiro, Jimmy anotou para o Franca; depois, Deryk converteu para o Flamengo. David Jackson fez mais uma para o time da casa, diminuindo a distância para nove pontos. Depois, Hettsheimeir fez mais uma bola de fora do garrafão cair, colocando tensão no jogo.
A diferença caiu para quatro pontos após enterrada sensacional de Cipolini. O pivô continuou chamando a responsabilidade e acertou mais uma de três, mas Deryk respondeu na mesma moeda. O ala-armador cresceu na reta final e anotou outra cesta de dois pontos. Nos últimos segundos, o Flamengo prendeu a bola na frente e esperou o fim da partida para soltar o grito de "É campeão", para delírio da torcida visitante presente em Franca.