A fase quente da Copa Libertadores bate à porta.
O Brasileirão começa a engrenar e a Copa do Brasil está na hora da verdade. O primeiro semestre é um "engana bobo". O Gauchão pouco acrescenta em termos técnicos. Serve apenas para avaliar os talentos emergentes e as contratações. Nesta época, os demais certames — brasileiros e continentais — são incipientes, com adversário pobres tecnicamente.
Há muito tempo os times gaúchos têm como única meta viável a conquista de uma vaga na Libertadores. O sonho de levantar o campeonato brasileiro parece cada vez mais distante, apesar dos presságios de que talvez tenham, em 2019, um ano melhor.
O Grêmio navega em águas financeiras tranquilas. Saneou as finanças e tem uma política de venda programada dos talentos da base. Já o Inter estancou o déficit orçamentário e montou um time competitivo que fez bonito na fase de grupos da Libertadores.
Mas nós, torcedores da Dupla que vamos ao estádio, compramos pacotes para ver os jogos na TV e queremos mais. É inadmissível não superar Palmeiras e Flamengo, por exemplo, apesar do poderio financeiro que os diferencia. Temos estádios e organização e dirigentes modernos. Diferente de alguns clubes tradicionais como o Vasco, cujo passatempo é voltar à Segundona graças à eterna guerra política que o contamina.
Algum mistério fortalece a incapacidade de ir além da vaga para o torneio anual da Conmebol. Gastamos muita energia na busca deste título intercontinental. Ao acordar da frustração estamos distantes do líderes do Brasileirão.
Ganhar a Libertadores rende fama, dinheiro e prestígio, além do direito de disputar o Mundial de Clubes da Fifa com visibilidade planetária. Conquistar o Brasileirão, porém, infla nosso orgulho, afinal, somos "os donos do campinho", com direito à flauta nos amigos que torcem pelo rival.
Libertadores sim, mas um Brasileirão é tudo de bom, é um passaporte para a "corneta" de, pelos menos um ano.
Sem falar do fim do jejum!