Contratados em 2016 e 2017, Kannemann e Cuesta viraram jogadores importantes para Grêmio e Inter, respectivamente. Por isso, não é de se estranhar que ambos estejam sofrendo assédio de clubes argentinos nesta janela de transferências. Um dos clubes que os colocou no radar é o Boca Juniors.
— Não existem zagueiros centrais no mundo. Não é casualidade que os únicos que vendemos são dois centrais. Cada vez que saímos ao mercado, são sempre os mesmos: Palomino, Kannemann e Cuesta — declarou o presidente xeneize, Daniel Angelici, em entrevista à Rádio Continental, de Buenos Aires.
O mandatário do Boca, no entanto, admite que é mais fácil trazer o primeiro, José Luis Palomino - jogador de 29 anos, revelado pelo San Lorenzo e vendido em 2014 pelo Argentinos Juniors ao Metz, da França, mas que hoje atua no Atalanta, da Itália. Foi ele, inclusive, o alvo principal eleito pelo ex-zagueiro e agora diretor Nicolas Burdisso. A situação ocorre até mesmo pela dificuldade de contratar qualquer um dos defensores da dupla Gre-Nal.
O Grêmio, por exemplo, faz jogo duro para liberar Kannemann ao Independiente. O clube argentino já procurou o empresário Martín Wainbuch, ofereceu US$ 5 milhões ao Tricolor e um salário maior ao atleta. Ainda assim, Romildo Bolzan Júnior firma o pé para segurá-lo em Porto Alegre. O próprio presidente do Boca admite ter feito contatos diretos com a direção gremista.
— Eu liguei para o presidente (Romildo), já que tenho uma boa relação, e ele me disse que é intransferível. Por isso, não mandei nenhuma proposta — revelou Angelici.