Foram 11 anos de história. Após mais de uma década no UFC, Lyoto Machida optou por sair do principal evento de MMA do mundo e buscar novos desafios no Bellator — a segunda organização de maior expressão no esporte. Aos 40 anos, o lutador baiano e criado no Pará nem sequer pensa em aposentadoria.
A perspectiva de novos desafios e de abrir portas para outros lutadores em um concorrente do Ultimate motivam o brasileiro, que foi campeão dos meio-pesados, mas está focado em seguir nos médios — categoria em que luta desde 2013.
Em conversa com o GaúchaZH, Lyoto Machida falou sobre suas motivações para mudar de organização, as possibilidades que terá no Bellator e as lembranças que guarda do Ultimate.
Por que você tomou a decisão de deixar o UFC e ir para o Bellator?
O desafio ligado à essa mudança foi uma das minhas motivações. Acredito que vou poder contribuir muito nessa nova casa. O Bellator é um campeonato que está em crescimento, isso abre portas para muitos outros lutadores que também sonham em fazer o seu nome no esporte, e entendo que fazer parte desse momento, levar meu nome e minha arte marcial para esse projeto e poder contribuir para esse crescimento é começar um novo ciclo.
Como você vê o seu momento após vencer o Eryk Anders e o Vitor Belfort?
Acredito que estou em um momento muito especial, uma fase nova. Fisicamente estou em ótima forma, já vinha mantendo um ritmo de treino intenso e com projeto de fazer novas lutas ainda esse ano. Agora com a mudança de casa tem mais um elemento de motivação para os próximos confrontos. Quero fazer lutas épicas.
Aos 40 anos, você já tem um plano para se aposentar?
Não. Acabei de mudar para um campeonato novo, estou começando nesta casa e motivado para as novas lutas e não pensando em parar.
Além do título, qual a sua grande memória no período em que lutou no UFC?
Foram muitos momentos importantes, aprendi muito com cada um deles. Ganhar o título foi sem dúvida um dos mais especiais e, mais recentemente, a luta em Belém, por ser na terra que me viu crescer e ainda estar em um momento de volta aos octógonos também foi marcante.
No Bellator, o seu plano é seguir nos médios ou voltar aos meio-pesados?
Minha categoria principal continua sendo a de 84 quilos (médios), mas se a organização casar lutas que sejam interessantes em outros pesos, acho que é valido.
A organização tem alguns grandes nomes como Gegard Mousasi, Alexander Shlemenko, Rafael Carvalho, Wanderlei Silva, Ryan Bader, Phil Davis e Liam McGeary. Você já tem alguma luta em mente ou alguém que gostaria de enfrentar?
Ainda estamos conversando sobre os próximos nomes. Acredito que tem muitos nomes fortes e boas possibilidades de lutas dentro da organização. Enfrentar nomes que fizeram parte da história do UFC me motiva.
O Bellator ainda não fez eventos no Brasil. Ser um dos astros de uma possível estreia é algo que te motiva?
Lutar no Brasil é sempre especial e sempre tem uma motivação diferente. Se a organização entender que esse é um bom momento para ter um evento no Brasil, seria ótimo poder estar nele.