Apresentado nesta sexta-feira (27), o relatório da Aeronáutica Civil da Colômbia sobre o acidente da Chapecoense apontou que, 40 minutos antes do avião cair no Cerro Gordo, próximo ao aeroporto de Medellín, luzes vermelhas se acenderam e avisos soaram na cabine. A tripulação, porém, nada fez. As informações são do portal G1.
O documento confirma que a causa da queda da aeronave foi a falta de combustível. Segundo as autoridades colombianas, o avião teria de carregar mais 2.303 quilos de combustível para atingir o nível exigido nos protocolos de segurança. De acordo com as normas, deve haver combustível suficiente para chegar ao aeroporto de destino, mais o necessário para alcançar um destino alternativo e ainda ter 30 minutos de reserva. De acordo com a investigação, o mínimo de combustível para o voo que carregava a delegação da Chapecoense era 11.603 quilos. A aeronave da LaMia decolou com 9.300 quilos.
Veja, abaixo, as conclusões da investigação da Aeronáutica Civil da Colômbia:
— A tripulação era experiente e tinha os exames médicos em dia
— Mesmo com a previsão em contrato de uma escala entre Santa Cruz e o aeroporto de Medellín, a empresa planejou voo direto
— 40 minutos antes do acidente, luzes vermelhas se acenderam e avisos soaram na cabine. A tripulação não reagiu aos alertas
— O controle de tráfego aéreo não tinha conhecimento sobre a situação de emergência do avião
— A LaMia atrasava salários e passava por dificuldades financeiras
— A LaMia não cumpria as normas internacionais em relação ao combustível. O piloto Miguel Quiroga estava consciente do problema.
— Quiroga "decidiu parar em Bogotá, mas mais adiante mudou de ideia e foi direto para Rionegro", onde o avião caiu.