A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) comunicou, em nota oficial, que criou um grupo de trabalho para analisar a elegibilidade de atletas transgênero. Por conta da manifestação da entidade, Tifanny, primeira atleta trans a disputar a Superliga Feminina, ficou de fora da convocação da seleção brasileira.
O nome de Tifanny, uma das principais jogadoras da competição nacional, era esperado na lista do técnico José Roberto Guimarães. Diante da orientação da FIVB, porém, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) comunicou que "não chegou a considerar a convocação da oposta Tifanny Abreu".
José Roberto Guimarães convocou 10 jogadoras que participarão de um período de treinamentos preparatórios para a Liga das Nações. As atletas convocadas são as levantadoras Macris e Fabíola, a oposta Tandara, as centrais Thaisa, Carol, Adenízia, Bia e Mara, a ponteira Rosamaria e a líbero Léia.
Veja a nota oficial da FIVB
A FIVB entende perfeitamente que a elegibilidade de atletas transgêneros para participar de competições internacionais é um assunto extremamente delicado que requer exame minucioso para garantir o equilíbrio competitivo de todos os atletas. Estamos cientes de que houve investigações buscando esclarecimentos sobre o status futuro dos atletas transgêneros com potencial para integrar seleções nacionais.
Portanto, a FIVB estabeleceu um grupo de trabalho encarregado especificamente de pesquisar e consultar o COI, outros órgãos esportivos e os principais especialistas em ética médica. Isso garante que as recomendações finais da FIVB sobre a elegibilidade de atletas para competições da FIVB sejam baseadas em due diligence abrangente, garantam a inclusão e evitem a desigualdade.
Nosso objetivo final é criar diretrizes claras e objetivas e, até que as recomendações do grupo de trabalho sejam feitas e aprovadas pelo Conselho de Administração da FIVB, não haverá mais comentários.