O Brasil tem discutido amplamente a participação de Tifanny, uma mulher transexual, na Superliga Feminina. A polêmica, porém, não é inédita. Há outros exemplos semelhantes, tanto no vôlei quanto em modalidades diferentes. Veja abaixo.
Renée Richards
A tenista talvez seja o primeiro caso com grande repercussão de atleta trans no esporte feminino. Em 1975, fez a transição de gênero e começou a jogar entre as mulheres. Quando o circuito feminino passou a exigir um teste genético para definir o sexo, Richards se recusou a passar pelo exame e foi banida do Aberto dos EUA. Ela entrou com processo em 1977 e alegou que teve seus direitos civis violados. Os testes foram abolidos, e ela jogou no Aberto dos EUA do mesmo ano, tendo sido eliminada na primeira rodada.
Chloe Anderson
A americana Chloe Anderson é outro exemplo de jogadora de vôlei transexual. Ela defende a universidade de Santa Ana, na Califórnia. Fez a transição de gênero aos 19 anos e relata que sofreu fortes críticas desde que começou a competir no esporte feminino.
— Quem diz que mulheres trans têm uma vantagem física nunca tomou hormônios. Uma coisa é aprender sobre isso em uma aula de biologia, outra, completamente diferente, é viver isso — disse ao The Orange County Register.
Fallon Fox
Em 2013, a lutadora de MMA Fallon Fox admitiu ser trans após ser questionada por um repórter a respeito do tema. O presidente do UFC, Dana White, deu sua opinião sobre a possibilidade de uma lutadora trans enfrentar uma mulher cisgênero:
— A estrutura óssea é diferente, as mãos são maiores, o queixo é maior, tudo é maior. Não acho que alguém que era um homem e se transformou em uma mulher possa lutar contra uma mulher.
Fox tem cinco vitórias e uma derrota na carreira. Aos 42 anos, não luta desde 2014.