Uma das preocupações do São Paulo em contratar Diego Aguirre para substituir Dorival Júnior, demitido na semana passada, era o provável interesse da seleção uruguaia em levar o treinador após a Copa do Mundo da Rússia, disputada em junho e julho deste ano. Para selar o negócio, os diretores do Tricolor paulista e o novo comandante da equipe do Morumbi costuraram um acordo entre cavalheiros, que garante o uruguaio no clube até o fim de seu contrato.
Desta forma, caso Óscar Tabárez deixe a seleção Celeste ao fim do Mundial e os diretores da federação uruguaia convidem Aguirre para assumir a equipe, o treinador irá recusar a proposta, pelo menos até dezembro, data do término de seu vínculo com o clube paulista
No início deste ano, antes de ser contatado por Raí para assumir o São Paulo, Aguirre havia concedido uma entrevista para o Diário As, da Espanha, confessando seu desejo em treinar a seleção de seu país. Na ocasião, o comandante estava sem clube e disse ser difícil recusar um eventual convite.
— Cuido-me muito quando me perguntam isto. Tenho um grande respeito ao maestro (Óscar Tabárez). O tempo o marcará. Se surgir a possibilidade, estarei encantado. É difícil dizer não à seleção — afirmou o treinador, em entrevista concedida no dia 28 de janeiro deste ano.
Depois de perder o colombiano Juan Carlos Osorio para a seleção do México e, na sequência, ver o técnico Edgardo Bauza deixar o São Paulo para comandar a seleção da Argentina, o clube teve o cuidado de conversar com Aguirre sobre o tema e tentar se proteger de uma futura perda.
O novo comandante do Tricolor paulista será apresentado no CT da Barra Funda nesta segunda (12), às 15h30, no CT da Barra Funda. Na sequência, comandará seu primeiro treino no novo trabalho. Para a próxima partida da equipe do Morumbi, na quarta, contra o CRB, é improvável que Aguirre esteja no banco de reservas, pois precisa resolver problemas com a sua documentação.