A estreia de Alberto Valentim foi considerada promissora, uma vez que, após uma semana de trabalho, o Botafogo apresentou uma nítida evolução na organização. O time jogou em um esquema 4-2-3-1 em que João Paulo flutuou com facilidade, explorando seu potencial técnico e articulador, os laterais tiveram liberdade para o apoio e a referência (Kieza) não é tão referência assim.
Na lateral-direita, o contestado Arnaldo deu lugar ao promissor Marcinho, recuperado de lesão e de volta após dez meses sem ir a campo. Na esquerda, Moisés estreou, mesmo com apenas dois dias de treino, e mostrou que não sentiu o peso.
Atrás, Marcelo entrou para dar mais velocidade no combate, em uma zaga que sobe no campo para se alinhar à filosofia de Valentim. Velocidade, aliás, foi vista em todos os setores, tanto atrás, quanto na frente, até pelos já citados laterais escalados. Destaque para Marcinho, que participou efetivamente na frente, iniciou a jogada do primeiro gol e cumpriu com o treinado.
— Vitória muito importante. Conseguimos levar coisas do treino para o jogo e estão todos de parabéns. Precisamos unir forçar. O torcedor está triste e precisamos reagir - comentou Alberto Valentim.
Na frente, com passe de Ezequiel, Kieza anotou o seu segundo gol consecutivo, ratificando a opção de Valentim, que barrou Brenner. É claro que o adversário não exigiu muito do Botafogo, ainda mais quando o Glorioso abriu o placar, na casa dos 20 minutos da etapa inicial. Antes, até houve calor e sufoco para cima da saída de bola dos visitantes, mas o time de Valentim saiu-se bem em boa parte do embate.
— Uma das coisas que treinamos bastante: procurar sair jogando com qualidade e a maior segurança possível. Uma hora, Gatito foi bater tiro de meta, marcaram, não jogamos. Fiquei satisfeito com a saída de bola. Umas coisinhas do treino vieram para cá - analisou o comandante de 42 anos.