Claro que a chamada é um exagero e uma brincadeira por conta do entusiasmo pelo excepcional momento xavante. O rubro-negro da Baixada está jogando com a bola no chão. Está enfrentando adversários de diferentes tamanhos do mesmo jeito. Procurando sempre se impor tecnicamente. Nem sempre é possível, mas a postura é essa. O time definitivamente absorveu a filosofia do treinador Clemer. Agora podemos dizer: nosso campeonato não é contra adversário A ou B. Nosso campeonato é a competição como um todo. Como requer a um time e a um clube do tamanho do Grêmio Esportivo Brasil.
E o jogo contra o Internacional?
Foi uma partida disputada, mas de igual para igual, o que não acontecia há muito tempo. O Brasil já mostrou o cartão de visitas logo no início. Calyson cruzou da esquerda, a bola passou por todo mundo e sobrou para Sciola que chutou forte para defesa de Marcelo Lomba. O Inter reagiu pouco depois. Num cruzamento de Patrick, Roger chutou e a muralha Marcelo Pitol tirou com o pé, num puro reflexo. O Inter perdeu o lateral Ruan, expulso com dois amarelos. Pouco depois, um ataque xavante terminou nas redes de Lomba. Luiz Eduardo recebeu de costas para o gol e caiu. A bola sobrou para Itaqui que ao melhor estilo "que tiro foi esse?" meteu uma bomba no meio do gol. Explosão xavante: 1x0.
Segundo tempo:
Mesmo com 10, a previsão é que o Internacional viria para cima. Mas faltou combinar com o Brasil. O xavante manteve a postura de colocar a bola no chão e não dar campo para o adversário pressionar, ao contrário de outros tempos. Se alguém tivesse que fazer gol no segundo tempo, seria o Brasil. Toty, que fez muito boa partida sobretudo taticamente, puxava contra ataques preocupantes para a defesa colorada. Mas ficou nisso: 1x0 e uma vitória contra o Inter que não ocorria desde o gol de Pablo no 1x0 da Baixada em 1996. O Brasil teve: Pitol, Sciola, Camilo, Heverton e Colaço. Leandro Leite, Itaqui ( Souza). Toty, Sacconi (Luis Henrique) e Calyson. Luis Eduardo. (Robério)
Arena:
Agora, o Xavante tem o desafio de enfrentar um Grêmio, em Porto Alegre acuado pela vice lanterna. O xavante não terá a zaga titular. Camilo foi expulso e Heverton tomou o terceiro amarelo. Itaqui, diagnosticado com uma hérnia inguinal, deve desfalcar o xavante para o restante do Gauchão, já que deverá passar por cirurgia. Em compensação, teremos as voltas de Alisson Farias, Mossoró e Artur. Prioridade para os dois primeiros, afinal Bruno Colaço fez um partidaço ontem, é bom que se diga. O jogo será na próxima quarta-feira, 07, às 21h45. Por enquanto, vamos comemorar a coliderança com o Caxias. São 13 pontos em cinco jogos. Que baita campanha!
