No CRB que enfrenta o São Paulo às 19h30 desta quarta-feira, no Morumbi, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil, está um jogador que defendeu o Corinthians em 2016 e acumula no currículo passagens por Flamengo, Internacional e Cruzeiro: Willians. E o volante, hoje aos 32 anos, avisa que o time alagoano não pode se iludir com a atual má fase do Tricolor.
Cotado para ser titular nesta noite, o meio-campista, que passou pelo Goiás em 2017, mostrou que sabe bem que, apesar de ter feito somente um gol nos últimos três jogos, a equipe de Dorival Júnior tem qualidade no setor criativo. Cueva, por exemplo, foi fundamental na vitória por 2 a 0 sobre o CSA, em Maceió, na fase anterior da Copa do Brasil.
O São Paulo convive com uma crise criativa, principal motivo das reclamações da torcida. Quanto isso interfere no seu trabalho, de volante?
A minha função em campo sempre foi mais de destruir. Sempre me destaquei por isso, e ainda continua. Quando possível, procuro também chegar como surpresa, mas a primeira obrigação é marcar. O São Paulo tem grandes jogadores neste setor. Tem Cueva, Nenê, Diego Souza, Marcos Guilherme e também os garotos, que sempre entram. São jogadores perigosos, que não podemos descuidar. É preciso ter atenção a todo momento com eles e não dar espaço.
O São Paulo vem em uma sequência de três jogos sem vitória que o CRB passava até vencer no domingo o CSE, pelo Alagoano. Como aproveitar essa fase do São Paulo no Morumbi, com a torcida insatisfeita?
São coisas do futebol, né... Uma vitória pode mudar tudo. Creio que seja isso que eles vão buscar contra nós. A vitória no domingo nos deu muita moral, era um resultado que estávamos esperando e nos faz chegar motivados para esta quarta-feira. Por se tratar de um clube grande, é natural a pressão quando os resultados não acontecem. Mas o São Paulo tem um grande elenco, com jogadores renomados, é vai querer vencer em sua casa, diante de sua torcida. Temos que buscar neutralizar os pontos fortes deles e fazer a nossa parte, sem pensar muito no momento do adversário.
Como o CRB tem se preparado para jogar no Morumbi? Qual é o objetivo?
A preparação está sendo boa. Desde que soubemos que o São Paulo seria o adversário, já começamos a pensar na partida. Claro que temos as outras competições e vamos jogo a jogo, mas, por se tratar de um grande clube do cenário nacional, acaba sendo muito comentado e com mais repercussão. Sabemos das dificuldades, mas vamos em busca da classificação à próxima fase. A primeira partida fora é mais complicada, mas vamos decidir em casa. Temos de procurar fazer um bom jogo no Morumbi e trazer um bom resultado.
Você já jogou no Morumbi, e deve ter companheiros que virão pela primeira vez. Passa algumas dicas? Como tem atuado para acalmar e alertar os companheiros para esse jogo decisivo?
Já tive a oportunidade de atuar algumas vezes no Morumbi, é um estádio muito bom de jogar. Está entre os estádios do Brasil que você sonha em jogar quando está começando a carreira. Procuro passar tranquilidade aos mais jovens, mas temos um grupo experiente, alguns também já atuaram no Morumbi. É uma equipe nova, formada para esta temporada, e em condições de brigar por títulos e fazer frente também aos grandes.
Você já foi campeão brasileiro, carioca e gaúcho. Quais são os seus planos e o do CRB na temporada?
Aqui está sendo um recomeço para mim. No ano passado, não pude jogar muito e também teve a saída do Corinthians no fim de 2016. Mas estou procurando deixar isso no passado, serve como aprendizado. Amadureci e aprendi muito com tudo que aconteceu. O CRB abriu as portas para mim, me deu toda estrutura de trabalho e confiança para voltar a jogar em alto nível. A torcida demonstrou grande carinho e todos no clube me receberam muito bem. Os planos são de fazer um bom ano, buscar títulos pelo CRB e o acesso à Série A.
Você estreou convertendo pênalti na classificação na Copa do Brasil (contra o Novo Hamburgo, na segunda fase, no dia 15), foi titular no último domingo e deve voltar a ser titular na quarta-feira. Como pode definir sua trajetória no clube até agora?
Está sendo tudo muito bom, até melhor do que esperava. Cheguei muito confiante e motivado para fazer um bom ano. O CRB abriu as portas para mim e acreditou no meu futebol. Cabe a mim corresponder a tudo isso, me dedicar ao máximo e deixar dentro de campo o meu melhor.