Nas últimas três temporadas, o Inter foi treinado por "437" profissionais diferentes. Foram tantas as mudanças no comando que não havia como nenhum conceito futebolístico criar raízes no Beira-Rio. O último treinador verdadeiro que tivemos, e lá se vão quase três anos, foi Diego Aguirre. O uruguaio foi demitido após ser eliminado _ por um gol _ na semifinal da Libertadores 2015. Dentre as metodologias que implementou, Aguirre ficou marcado por promover um "rodízio" no elenco, utilizando escalações diferentes jogo a jogo.
Odair Hellmann, nesse engatinhante 2018, já se apresenta simpático à ideia de rodar ao máximo o elenco. Talvez pela quantidade absurda de jogos que teremos neste início de ano, talvez por realmente acreditar na alternância de escalações como filosofia de trabalho.
Apesar da curta amostragem, é fácil de ver que o Inter deve jogar do mesmo jeito, independentemente dos 11 que iniciam o jogo. As figuras mudam, o esquema e o estilo seguem os mesmos. É o que mais perto tivemos de um padrão de jogo em anos. Parece que, tanto tempo depois, encontramos um treinador de verdade.
Nico é 10
Após passar a pré-temporada treinando na função de D'Alessandro, Nico saiu da "Nicolândia" de vez para assumir _ guardadas as devidas proporções _ a função de 10, jogando atrás da linha de atacantes. Como o Cabezón.
Contra o Noia, o uruguaio anotou um gol e uma assistência. Se confirmar, a melhora de Nico também será responsabilidade direta de Odair. Esse Colorado é só elogios ao seu treinador até aqui.