Sem um camisa 9, uma das maiores dificuldades do técnico Jair Ventura no Santos é encontrar opções, já que, por ora, tem à disposição o contestado Rodrigão e o inexperiente Yuri Alberto. Entretanto, na vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, na quinta-feira, o treinador optou por Sasha no segundo tempo. Na vaga de Rodrigão - centroavante clássico, pivô, de pouca mobilidade - o atacante versátil, que foge das características de um camisa 9 clássico, ocupou a mesma posição, mas com função diferente. Com mais movimentação, Sasha puxou a marcação, deu opções e, em velocidade, aproveitou passe de Copete para empatar de cabeça.
A aceitação do ataque com um falso 9, que prioriza movimentos ao invés de referência na área, pode abrir uma lacuna para Gabigol em um futuro próximo, já que pelos lados do campo Jair Ventura conta com Bruno Henrique, Arthur Gomes e Copete. A princípio, o treinador não sabe onde vai utilizar o camisa 10, mas estuda possibilidades.
A partir do gol de empate de Sasha, o Santos voltou a colocar fogo no jogo no seu melhor estilo ofensivo, buscando infiltrações pelos lados e mais espaços na retrancada Ponte Preta.
Foi assim que surgiu Rodrygo, mais um modelo de atacante rápido e driblador, revelado em casa, para cortar e chutar forte.
Demorou, mas o Santos de Jair Ventura, que vai ganhando cada vez mais a cara do treinador a cada jogo, vai se mostrando agressivo.