Suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa na sexta-feira por um período de 90 dias, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, entrou em contato com os presidentes das 27 federações estaduais via Whatsapp.
O dirigente encaminhou o conteúdo de uma nota enviada à imprensa, na qual classificou a investigação sobre ele a respeito do recebimento de propina como “graciosas especulações”. Mas Marco Polo não parou por aí. Ele tentou tranquilizar as federações, dizendo tudo vai se resolver.
Marco Polo também citou como exemplo, na tentativa de minimizar a decisão da Fifa, a situação vivida por ele em 2009. Na ocasião, o STJD imputou à Del Nero, então presidente da Federação Paulista, um gancho com mesma duração do atual: 90 dias. O motivo da decisão, em primeira instância, fora uma “queixa infundada” contra o árbitro Wagner Tardelli que gerou suspeita de manipulação de resultado no Brasileirão. Del Nero citou o caso às federações porque o desfecho da história foi com ele sendo absolvido pelo STJD.
Impedido
Representante do Brasil e da Conmebol na câmara que toma as decisões no Comitê de Ética da Fifa, Flávio Zveiter não participa do processo de Del Nero por ser compatriota do investigado. O regulamento prevê que julgador do mesmo país que o réu não tome partido. Com isso, ele sequer tem a informação privilegiada de saber antes a respeito das decisões do Comitê sobre o caso específico.