Cumpridos os objetivos esportivos da temporada, a Chapecoense continua trabalhando nos bastidores na reta final de 2017. No fechamento do ano, o clube estreita relações com as associações de familiares das vítimas do acidente aéreo na Colômbia em novembro de 2016. Nesta quarta-feira, está agendado mais um passo para fortalecer a parceria com a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C), com a assinatura de um protocolo de intenções para balizar ações futuras entre as duas partes. O ato acontecerá na sede do clube, às 9h30min.
O documento foi bastante discutido nos últimos meses e reúne ações que vão ao encontro de direitos e interesses dos familiares que perderam seus parentes antes da final da Copa Sul-Americana, em Medellín, na Colômbia.
— Para o clube, este protocolo de intenções possui muitos significados, e decorre do esforço constante e incansável da Afav-C na busca por transparência e maior união pela defesa dos interesses e dos direitos de todas as famílias. Este valioso instrumento amplia o diálogo entre o clube e a Afav-C, abrindo caminhos para novos projetos em conjunto, que favorecerão a todas as famílias das vítimas brasileiras — ressalta Thiago Degasperin, advogado da Chape.
O drama de quem perdeu entes queridos na viagem à Colômbia é acompanhado de perto por duas entidades: a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C) e a Associação Brasileira das Vítimas do Acidente com a Chapecoense (Abravic). As associações têm focos diferentes. Enquanto a Afav-C busca o direito a verbas indenizatórias e recursos permanentes, a Abravic tem atuação voltada à assistência social imediata.
Ainda neste mês, o clube anunciou que ingressou com ações indenizatórias contra a LaMia, a resseguradora Bisa e o governo boliviano, em virtude do acidente ocorrido no dia 28 de novembro do ano passado.
— A ação foi ajuizada na Comarca de Chapecó dentro de um ano para ter toda a segurança jurídica, mas é uma ação complexa, que envolve três países, recursos internacionais e isso pode fazer com que demore o processo, a menos que ocorra um desfecho mais rápido num ambiente conciliatório — afirmou, à época, Tullo Cavalazzi Filho, que é de um escritório de Florianópolis contratado pelo clube.