Depois de defender Neymar, que saiu da entrevista coletiva emocionado após fazer desabafo sobre sua relação com o técnico Unai Emery, do PSG, Tite falou sobre a seleção japonesa, derrotada por 3 a 1, nesta sexta-feira, em amistoso realizado em Lille (FRA). O comandante também afirmou que Cássio não falhou no gol rival, marcado por Makino, de cabeça.
— Em relação ao jogo, eu fiquei na dúvida se o Japão ia fazer pressão alta, aí precisaríamos furar esse bloqueio. Mesmo com as modificações, tivemos fluência e desempenho. E eu falei que o que mais importa não é o conseguido, é o merecido. No segundo tempo, as substituições acabaram de alguma forma afetando — comentou.
Em sua estreia na Seleção Brasileira, Cássio, que entrou no lugar do titular Alisson na segunda etapa, sofreu algumas críticas por conta do gol japonês. A bola alçada de um escanteio foi direcionada à pequena área e o cabeceio do atacante venceu o goleiro do Corinthians. Tite, mesmo avisando que não viu o lance em vídeo, não acha que o camisa 16 tenha vacilado.
— O cara (Makino) cabeceou e o Cássio não pode fazer nada. Os atletas, a bola parada às vezes traz um prejuízo, essa sincronia. No clube, faz um (treinamento) e na seleção é outro. Às vezes a coordenação é outra. (Com as mudanças) Dá para ver melhor Jemerson, Diego Souza, Douglas Costa, Giuliano, Alex Sandro, Taison. Mesmo que se perca algo no conjunto, mas poder fazer observações pontuais para ser justo em uma convocação final é importante — analisou.
Outro assunto abordado foi a questão do árbitro de vídeo. O recurso eletrônico foi utilizado por duas vezes, ambas envolvendo Neymar. Na primeira, logo no início, um pênalti pró-Brasil foi assinalado (e convertido pelo camisa 10). Na segunda, Neymar levou cartão amarelo, já na etapa complementar. Tite externou a sua opinião, indo de encontro à tecnologia.
— Gostei, incentiva o correto, o leal. A favor ou contra (ao meu time). Agilizar o processo, sim, mas isso é uma etapa. Senão ficamos achando que o erro é bom. Dizem que na padaria da esquina não vai ter mais debate. O que vai dar debate é que se o técnico é bom ou não, se o jogador foi bem ou não. O esporte é um reflexo da sociedade. Parar de achar que o errado está certo — concluiu.