A Justiça Francesa acatou a denúncia contra o ex-velocista Frankie Fredericks, investigado formalmente no país devido a alegações de compra de votos para a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A informação foi publicada pelo jornal francês "L'Equipe" e confirmada, na última sexta-feira, pelo "Le Monde".
O namíbio foi indiciado na última quinta-feira pelo juiz de instrução Renaud van Ruymbeke por corrupção passiva e lavagem de dinheiro após audiência no Tribunal de Grande Instrução em Paris (FRA). O membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e dono de quatro medalhas olímpicas, é investigado pela Unidade de Integridade do Atletismo devido a pagamentos recebidos de Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), Lamina Diack. Os pagamentos ocorreram no dia em que o Rio venceu a votação para sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
- Acabamos de ser informados da decisão do juiz francês. O Ceco (chefe de Ética e Compliance) examinará a ação, que ainda não está disponível, e informará a Comissão de Ética, que se reunirá na segunda-feira. Como qualquer procedimento, o direito de ser ouvido tem que ser respeitado - afirmou um porta-voz do COI à agência Reuters.
Fredericks também fez parte do conselho da IAAF, sendo suspenso em julho. O ex-atleta rejeitou, anteriormente, alegações de corrupção, alegando que o pagamento de 300 mil dólares foi realizado à sua empresa como recompensa por um trabalho legítimo. Ainda em investigação, o cartola, como confirmou a Unidade de Integridade, segue suspenso.
Em março desde ano, Fredericks renunciou da diretoria de uma equipe do COI responsável por avaliar propostas de candidatos aos Jogos de 2024, assim como de uma força-tarefa da IAAF que investigava alegações de doping da Rússia.