Segundo a Conmebol, através do diretor de arbitragem Wilson Seneme, a intenção do uso do VAR (árbitro assistente de vídeo), é causar a menor interferência possível no jogo. Além disso, o foco estará em revisar quatro tipos específicos de situações: gols, decisões de pênalti ou não pênalti, cartão vermelho direto e confusão de identidade na hora de alguma advertência.
O que a entidade fez questão de repetir na apresentação à imprensa nesta quarta-feira é que os protocolos estabelecidos pela IFAB (International Football Association Board) são seguidos rigidamente. Assim, o VAR acaba sendo utilizado somente após o árbitro de campo tiver tomado uma decisão _ incluindo aí a sequência da partida _ ou se um incidente grave não tiver sido detectado.
Mas como exatamente irá funcionar o VAR?
Com a ajuda das imagens de câmeras espalhadas pelo estádio (e cujas imagens são fornecidas pela emissora responsável pelo televisionamento das partidas), o sistema é composto pelo VAR, que é o árbitro responsável pela revisão das jogadas; o AVAR, o árbitro assistente; e o RO, que será o operado do replay. As imagens são enviadas para a VOR (Sala de Operação de Vídeo) e serão analisadas e revisadas.
Ao ser detectado, o VAR informa ao árbitro de campo sobre o que foi visto e que mereceria uma nova análise. A partir daí, ele sinaliza, com o sinal da tela de TV, que há uma jogada sendo revista. O árbitro pode acatar a decisão, baseada unicamente na informação do VAR, ou então decidir ele mesmo revisar a jogada na área de revisão, chamada RRA.
Ainda sem custo definido, o árbitro assistente de vídeo será bancado pela Conmebol inicialmente, e caso seja aprovado para 2018, não será utilizado em todos os jogos da Libertadores ou Sul-Americana, mas sim a partir das fases mais decisivas. Possivelmente, a partir das quartas de final.
_ Não estamos querendo, com a implantação do VAR, acabar com aquilo que muita gente chama de "graça do futebol". A polêmica de boteco após a rodada vai continuar. Fundamental é tentar evitar ou diminuir ao máximo esses graves erros, para salvar a própria carreira dos árbitros _ disse Wilson Seneme, diretor de arbitragem da Conmebol.