Após se aventurar na piscina de ondas do 11 vezes campeão mundial Kelly Slater no dia 19 de setembro, em Lemoore, na Califórnia (EUA), Gabriel Medina acredita que a novidade possa pintar nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O equipamento foi testado pela Liga Mundial de surfe (WSL, em inglês), em formato de campeonato, onde o atleta de Maresias sagrou-se campeão. Adriano de Souza, Filipe Toledo e Silvana Lima também estavam presentes.
Mesmo ressaltado que o desejo do Comitê Olímpico japonês é utilizar o mar para a realização das competições de surfe masculino e feminino, Medina vê a piscina de ondas como uma opção viável para Tóquio-2020, tendo em vista que, devido a venda de ingressos antecipados, além da própria organização do evento, a competição precisa de datas exatas para ocorrer.
– Eles (o comitê Olímpico) querem usar o mar, deixaram claro isso, mas, caso não tenha onda, é uma opção. As Olimpíadas tem data marcada, não é igual ao Circuito, que a gente tem 12 dias e escolhe os três melhores para fazer a etapa.
Conquistando o título da competição que contou até com Slater na água (mesmo se recuperando de uma fratura no pé), sobre o compatriota Filipe Toledo, Gabriel ressalta a qualidade das ondas formadas de forma artificial.
– Eu achei a onda demais, muito parecido com a onda do mar. Claro que no começo eu estava um pouco perdido, mas, com treino, acho que dá para ficar bom naquele tipo de onda.
Atualmente em Maresias após sair de Trestles com a 13ª colocação, Medina, hoje oitavo colocado no ranking mundial, se prepara para a nona parada do Circuito Mundial (WCT), na França. A janela de competição serão entre sete e 18 de outubro.