Os comunicadores do Sala de Redação, programa que Wianey Carlet, por muitos anos, fez parte, relembraram histórias do ex-colega. O jornalista faleceu na última madrugada, aos 68 anos de idade, depois de sofrer um infarto. Veja o que foi dito sobre o radialista no programa desta sexta-feira (29).
Guerrinha:
— Ele era diferente, era um azedo açucarado. Ultimamente estava sem paciência e criou um tipo pro rádio. O Wianey era um cara de um coração enorme, amigo, parceiro, brincalhão. Na parte profissional era um senhor comentarista de futebol. Era um cara sensacional. Antes do Sala, as pessoas perguntavam pra ele como estavam as coisas, perguntavam sobre as mulheres. Ele tirava da carteira e mostrava um envelope com três comprimidos de viagra. Um dia eu disse: tu não está mais transando, né Wianey? Ele respondeu: tu não acredita em mim? E eu disse: Não é isso, é que estamos em 2014 e a validade do viagra vai até o ano 2000. Este era Wianey Carlet, vai fazer muita falta.
Diogo Olivier:
— Ele era um tremendo repórter de rádio. E bom jornalista nunca deixa de ser repórter. Foi um tremendo repórter de campo. Quando entrei no Sala, ele me chamou de Pato Novo. Era a maneira de dar boas vindas. Ele era chamado de azedinho, mas era um tipo. Vai fazer muita falta".
Duda Garbi:
— Essa relação com o Wianey era muito autêntica. Eu peguei o Wianey no auge do "azedinho". Só tenho lembranças boas dele. Sempre que eu ia na Arena, me perguntavam como eu aguentava (os xingamentos), se eu não ia fazer nada. Eu só ria e pensava: como ele é bom. Ele era completamente o oposto do que era no ar. Era um cara simpático, querido, atencioso. Ele despertava o amor e o ódio. O Wianey que a gente conheceu era espetacular.
Cacalo:
— Eu assino embaixo tudo que vocês disseram. Fiquei muito triste. A relação com ele era excepcional. Terminava o programa, terminava qualquer bronca.
Zé Victor:
— Nem vou falar muito, estou emocionado. Só queria pedir um favor à imensa audiência da Rádio Gaúcha. Nunca acreditem que Wianey Carlet era aquele azedinho. Que bom que vocês acreditaram no personagem, significa que ele era muito bom no que fazia. Mas estamos muito pesarosos.
Pedro Ernesto:
— Nós fomos para o Mundialito em 1980 e a gente queria economizar a diária. Compramos uma espiriteira, botamos fogo e uma chaleira, pra fazer café. Claro que o peso da chaleira e o calor da espiriteira, ela derreteu, veio abaixo. Quebramos a cara, foi um desastre. Eu disse: Wianey, vamos pro restaurante porque aqui não dá. Fizemos algumas peripécias bem interessantes. O Wianey é uma figura.